The Anime Realm Contest #3: Kenshin Himura's duality.

  Eu tenho muitos personagens de anime que foram importantes para mim e eles estão sempre em minha mente quando penso em um personagem especial. Pode parecer bobo, mas quando penso em anime, me lembro de Goku em Dragon Ball Z. Não apenas pelo personagem em si, mas pelo que ele representava em uma fase da minha vida. Posso citar também alguns outros personagens especiais como Heero de Gundam Wing. Gundam Wing é um anime antigo e Heero também era bastante especial. Shinji em Evangelion é um personagem forte que, mesmo com a morte de sua mãe e o abandono de seu pai, tornou-se forte. Muitos outros personagens especiais eu poderia citar, mas senti que precisava fazer uma postagem especial sobre um personagem específico para que eu pudesse refletir um pouco sobre a personalidade e até mesmo fazer uma comparação com outro personagem fictício que eu amo. No último post, mencionei que adorava Rurouni Kenshin, desde a série de TV até as OVAs. Especificamente, podemos ver diferentes momentos na vida de Kenshin Himura.

  O desenvolvimento do personagem é muito complexo durante sua história; ele foi treinado para matar, e as OVAs mostram como ele era frio e impiedoso ao enfrentar seus oponentes. No entanto, ele começa a mudar quando conhece Tomoe e se apaixona por ela. Ele tenta fugir de seu passado, mas assassinos que o procuram o obrigam a lutar novamente, e, dessa vez, ele acidentalmente mata sua esposa Tomoe. Antes de morrer, Tomoe esculpe uma nova cicatriz em sua bochecha, cruzando com a que ele já tinha, criando a conhecida cicatriz em forma de "X" em sua bochecha.

 Além da cicatriz física, a cicatriz criada na alma de Kenshin foi tão grande que o levou a uma profunda solidão. Esse desfecho criou o que Kenshin era no início da série de TV: um samurai solitário com uma cicatriz profunda que o impedia de fazer amigos e que prometeu não matar mais ninguém. Você se lembra de mais alguém assim?

 Se voltarmos aos quadrinhos, podemos fazer alguns paralelos com Bruce Wayne, sim, o Batman. No caso do Batman, as cicatrizes foram feitas depois que ele viu seus pais morrerem diante dele, mas ele também não matou ao buscar justiça. Ambos os personagens nos trazem a ideia de um herói imperfeito, o herói que cometeu muitos erros no passado e que o assombram.

 No entanto, Kenshin durante a série de TV continua sua progressão, algo que, na minha opinião, Batman teve altos e baixos em relação. Rurouni Kenshin mostra que o amor pode ajudar a consertar uma alma quebrada. Kenshin faz muitos amigos durante a história enquanto enfrenta inimigos e ainda se recusa a matá-los. Além disso, ele pôde amar novamente ao conhecer a obstinada Kaoru e até teve um filho, Kenji. Portanto, o final de Kenshin foi muito mais feliz em comparação com o Batman, pelo menos por enquanto.

  Eu gosto quando alguém cria um personagem complexo com reflexões profundas; o personagem ainda pode ser um herói, mas um herói pode cometer erros e fazer coisas ruins. Uma pessoa boa não é aquela que apenas salva o dia, mas aquela que aprende com seus erros e constrói um novo futuro com base nessas aprendizagens. Para mim, Kenshin Himura foi muito humanizado e muito próximo do que um ser humano é, muito diferente de Goku em DBZ, por exemplo, que você não consegue se sentir próximo de um humano normal, como nós.