I Took a Huge Risk, But I Would Do It All the Same [EN/PT]
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Hello friends, this is how another topic makes me reflect on what I have really done in my life and the risks I have taken, but I remember one that has left its mark on my life story forever.
As with everything in life, we take risks every day. Sometimes they are small, sometimes bigger, but that is part of it. It can be at work, at school, with friends or even in everyday decisions, it is something that is present in our daily lives. Sometimes we don't even think about it, but we are always making decisions that have consequences, which can be positive or negative, but consequences always exist.
Not everyone is the same, so some take risks for adventure, others out of necessity or even for the most diverse reasons. In my case, the biggest risk I have ever taken was because I wanted to help and that fills me with pride, because I know that I really managed to do something good for others.
My story begins in 2008 when I made a decision that changed my life. I went to Lebanon on a United Nations mission, which was something I had always wanted to do when I joined the Portuguese army and stayed on the mission until 2009. The goal was to help rebuild the country and provide support to the local populations. To this day I remember what I felt when I received confirmation that I was actually going. It was a mix of fear and anxiety, but also a desire to do something that would really have an impact and that would make me feel fulfilled by being able to help other people in this world.
But there were many challenges, for example, I didn't know the country, nor did I speak their language. I knew I was going to a place with a difficult history because I had read about the past of that country and that region, far from my home and especially far from my family, my friends, and everything that was familiar to me. Believe me, that's not easy, but I decided to go anyway. I felt it was something I needed to do, and it was like a dream come true.
When I think back, I remember that at first it was hard, despite my great motivation. Adapting to the climate, the culture, the food, the way of life, everything was different, living in a barracks and knowing that this mission would last a long time. But over time I got used to it and the days started to go by better, I even got to know people, listen to their stories, see the reality of those who lived in a country at war and were trying to start over, and I heard stories of hope, that one day peace could be something real. I also know and saw a lot of pain, but also a lot of strength in those people and a great hope that one day everything would pass and peace would be a reality.
As for the work, it was a bit tiring and often emotionally heavy because we had to deal with complicated situations, but what was even harder for me was that I saw poverty, destruction and families trying to survive with almost nothing and I remembered what I had in my country and even so I wanted more, and these people lived with so little. But on the other hand, I also had many good times because I like to keep these memories since I met incredible people, made lifelong friends, and to this day I still talk to some people from there, and above all I felt that I was doing something useful and that I was really helping.
This topic made me look back and I know it was a big risk, but the motivation was great. Sometimes I agree with the idea that it could have gone wrong, I could have regretted it, this is something that is inherent when we take such big risks in life. But I don't regret anything, today I would do the same, since I felt fulfilled and learned a lot, I grew as a person and above all as a human being, and today I am proud to have been part of that mission.
Remember, friends, that sometimes you have to leave your comfort zone to realize how capable you are.Risks are not always worth it, it's true. But this one was worth it. Because it wasn't just about me and myself, but about helping those who needed it most and I think to myself that it made all the difference.
[PT]
Olá amigos é desta forma que mais um tema me faz refletir sobre o que realmente já fiz na vida e sobre riscos que corri, mas lembro-me de um que ficou marcado para sempre na minha história de vida.
Como em tudo na vida todos os dias corremos riscos. Às vezes são pequenos, outras vezes maiores mas isso faz parte. Pode ser no trabalho, na escola, nas amizades ou até nas decisões do dia a dia, é algo que está presente na nossa vida diária. Às vezes nem pensamos nisso, mas estamos sempre a tomar decisões que têm consequências, que podem ser positivas ou negativas mas consequências existem sempre.
Nem todos somos iguais por isso uns correm riscos por aventura, outros por necessidade ou mesmo pelos mais diversos motivos. No meu caso, o maior risco que já assumi foi por querer ajudar e isso enche-me de orgulho, porque sei que realmente consegui fazer algo de bom pelos outros.
A minha história começa em 2008 quando tomei uma decisão que mudou a minha vida. Fui para o Líbano numa missão das Nações Unidas o que era algo que sempre quis quando entrei para o exercito português e fiquei em missão até 2009. O objetivo era ajudar na reconstrução do país e prestar apoio às populações locais. Ainda hoje lembro o que senti quando recebi a confirmação de que ia mesmo. Era um misto de medo, ansiedade, mas também de vontade de fazer algo que realmente tivesse impacto e que me sentisse realizado em conseguir ajudar as outras pessoas neste mundo
Mas os desafios eram muitos como por exemplo não conhecia o país, nem falava a língua deles, sabia que ia para um lugar com uma história difícil porque li sobre o passado daquele país e daquela região, longe da minha casa e principalmente longe da minha família, dos meus amigos, de tudo o que era familiar para mim e isso não é fácil podem acreditar mas mesmo assim decidi ir. Senti que era algo que precisava de fazer, e era como se um sonho fosse realizado.
Quando penso lembro-me que no início foi duro, apesar da minha grande motivação. Adaptar-me ao clima, à cultura, à alimentação, ao modo de vida tudo era diferente, vivendo num quartel e saber que iria durar muito tempo esta missão. Mas com o tempo fui me adaptando e os dias começaram a correr melhor, inclusive fui conhecendo as pessoas, ouvindo as histórias delas, vendo a realidade de quem viveu num país em guerra e que tentava recomeçar e ouvia histórias de esperanças, em que um dia a paz possa ser algo real mas também sei e vi muita dor, mas também muita força naquelas pessoas e uma grande esperança que um dia tudo passasse e a paz fosse uma realidade.
Relativamente ao trabalho era um pouco cansativo e muitas vezes emocionalmente pesado porque tínhamos de lidar com situações complicadas, mas o que me custou ainda mais era que via pobreza, destruição e famílias a tentar sobreviver com quase nada e lembrava-me do que tinha no meu país e mesmo assim eu queria mais, e estas pessoas viviam com tão pouco. Mas por outro lado, também tive muitos momentos bons porque gosto de guardar estas recordações já que conheci pessoas incríveis, fiz amizades para a vida toda ainda hoje falo com algumas pessoas de lá, e acima de tudo senti que estava a fazer algo útil e que realmente estava a ajudar.
Este tema fez me olhar para trás e sei que foi um grande risco, mas a motivação era grande, as vezes concordo com a ideia de que podia ter corrido mal, podia ter-me arrependido, isso é algo que está inerente quando corremos assim riscos maiores na vida. Mas não me arrependo de nada, hoje faria igual, já que me senti realizado e aprendi muito, cresci como pessoa e acima de tudo como ser humano, e hoje tenho orgulho de ter feito parte daquela missão.
Lembrem-se amigos que às vezes é preciso sair da nossa zona de conforto para perceber o quanto somos capazes.Nem sempre os riscos compensam, é verdade. Mas este valeu a pena. Porque não foi só sobre mim e a minha pessoa mas sim sobre ajudar quem mais precisava e penso para mim próprio que fez toda a diferença.
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