One size fits all? / Um tamanho que serve todos? [Eng-Pt]
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In a society that is undoubtedly polarised, but which is not looking for points of contact, or even dialogue between the two points, are we really investing in there being just one model and one size that fits all?
Is it realistic that we don't have to be more aware of the differences that naturally exist between each of us?
But on the other hand, shouldn't we all consider that there can't be a pair of trousers for everyone ready to pick up on the shelf of any clothes shop?
The cost of being more demanding with what we choose for ourselves, we also have to realise that this level of demand brings with it some costs. The first cost is the cost itself (excuse the redundancy) that this customisation will have. A second cost is necessarily immediate availability. In a society of immediacy and the fulfilment of consumer desires, it would be impossible to comply with these two premises.
Some compromises have to be made so that we can have something that, even if it wasn't designed for us, we feel good in and that fulfils both its functional and aesthetic principles.
But should the item fit everyone, or should it be adjustable so that it fits the vast majority? It seems that adapting products can indeed be the solution to a need and a reduction in production and sales costs.
What about needs, rather than items? Is society prepared to cater for the special needs of those who really need specialised care?
In my opinion, simplification cannot be an appanage for everyone and everything. In many cases, the simple fact that there isn't a solution that meets or responds to the particular needs of that person or that situation means that inaction or the impossibility of communication doesn't happen.
Fortunately, long gone are the days when people with special needs, whether for mobility or even communication (visual impairments, hearing impairments, etc.), are no longer an obstacle to integration and better understanding.
In an era where Artificial Intelligence is increasingly being integrated into our cars, computers, mobile phones and household appliances, I think that everyone's individual and special needs will be better catered for. What worries me is whether this simplification of integration could lead to a disintegration of mutual help between the elements of a society/family or community.
Will we know how to model and dose what we should leave for Artificial Intelligence to do, or on the other hand, will we make it easier, and allow ourselves to fall into the temptation of disconnecting from our moral obligation to help our neighbour, ruining thousands of years of civilisational evolution?
Many questions that will be much more pressing in a couple of years' time.
I hope you enjoyed my post today.
Cheers and see you tomorrow.
Cheers🍀
Numa sociedade que está sem sombras de dúvida polarizada, mas que não procura pontos de contacto, ou mesmo de diálogo entre os dois pontos, estamos mesmo a investir para que exista apenas um modelo e uma medida que sirva a todos?
Será que é realista que não tenhamos que ter mais consciência das diferenças que existem, naturalmente, entre cada um de nós?
Mas por o outro lado, não deveremos, todos, considerar que não pode haver um par de calças para cada pessoa prontas a pegar na prateleira de qualquer loja de roupa...
O custo de sermos mais exigentes com o que escolhemos para nós, temos que também ter a noção que esse grau de exigência traz consigo alguns custos. O primeiro custo é o próprio custo (desculpem a redundância) que essa customização terá. Um segundo encargo é necessariamente a disponibilidade imediata. Numa sociedade de imediato, e de cumprimento dos desejos dos consumidores, seria impossível cumprir com essas duas premissas.
Algumas cedências têm que ser assumidas, de forma a que consigamos ter algo, que mesmo que não tenha sido feito de propósito para nós, com que nos sentimos bem e que cumpra quer o seu principio funcional, quer o aspecto estético.
Mas será que o artigo deve servir para todos, ou deve ser ajustável de forma a que sirva uma grande maioria? Parece que a adaptação dos produtos pode ser de facto a solução para uma necessidade e para uma redução de custos de produção e de venda.
E no que diz respeito não a artigos, mas necessidades? Será que a sociedade está preparada, para suprir as necessidades especiais de quem realmente precisa de cuidados diferenciados?
No meu entender, a simplificação não pode ser apanágio para todos e para tudo. Há em muitas casos, que o simples facto de não haver uma solução que dê ou que responda às necessidades particulares daquela pessoa ou daquela situação, a inação ou a impossibilidade comunicação não acontece.
Felizmente que longe vão os tempos em que pessoas com necessidades especiais, quer de locomoção, quer mesmo de comunicação (deficiências visuais, auditivas, etc), deixaram de ser um obstáculo para a integração e para a melhor compreensão.
Numa era à beira da integração da Inteligência Artificial cada vez mais nos nossos carros, computadores, telemóveis e electrodomésticos eu penso que as necessidades individuais e especiais de cada um serão mais atendidas. O que me preocupa é se essa simplificação de integração poderá levar a uma desintegração da interajuda entre os elementos de uma sociedade/família ou comunidade.
Saberemos nós modelar e dosear o que devemos deixar para a Inteligência Artificial realizar, ou por outro lado será que vamos facilitar, e nos deixemos cair na tentação de desligar da nossa obrigação moral de ajudar o próximo, deitando por terra milhares de anos de evolução civilizacional?
Muitas questões que serão muito mais prementes daqui a um par de anos.
Espero que tenham gostado desta minha publicação de hoje.
Um abraço e até amanhã.
Bem Hajam🍀
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