While the driver had his coffee - PhotoFeed Contest - Black & White Photography Round 113

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[EN]

Today, I went to visit my godmother. She lives right at the end of the bus line I take — that final stop where almost no one else gets off, except me, most of the time. Most people who go there have cars, so I ride all the way alone.

On the way there, just before entering the gated neighborhood, the driver stopped the bus in front of a small shop. He looked at me through the mirror and, with that kind of casual tone only bus drivers on empty routes have, said, “I’m ahead of schedule, just gonna grab a quick coffee. Is it okay if you wait a minute?” I smiled and said yes, of course. He got off calmly, leaving me alone in the stillness of a parked bus.

That’s when it hit me — literally and figuratively. I grabbed my phone and started taking pictures. Something about that moment made me see the bus differently. I’m always in it, but I never really look at it. The empty seats, the light pouring through the windows, the quiet of a space that, at any other time, would be filled with footsteps, voices, shopping bags. There, it was just me, the worn-out seats, and the soft hum of the cooling engine.

Maybe it was the silence. Maybe the light. Maybe just time slowing down, letting me notice something that’s usually invisible. All I know is those few minutes took on a different texture. When the driver came back, he smiled again and we went on. As if nothing had happened.

But something did. For me, it was a small breath of something different. And I captured it. Oh, and I also couldn’t choose between the color and the black & white version haha.

This is my entry for the @PhotoFeed Contest, themed Black & White Photography, round 113.

_{All the content, pics and editions are of my authorship.}

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[PT]

Hoje, fui visitar minha madrinha. Ela mora bem no fim da linha do ônibus que pego, naquele ponto final onde quase ninguém mais desce — só eu mesma, quase sempre. A maioria das pessoas que vai pra lá tem carro, então sigo minha pequena jornada solitária até o último ponto.

No caminho, um pouco antes de entrar no granjeamento, o motorista parou o ônibus em frente a um estabelecimento. Olhou pra mim pelo espelho e, com aquele tom meio de cumplicidade que só motorista de linha vazia desenvolve, disse: “Tô adiantado, vou só tomar um café rapidinho. Tudo bem esperar um minutinho?” Eu sorri e disse que sim, claro. Ele desceu tranquilo, me deixando sozinha ali, no silêncio enorme de um ônibus parado.

Foi aí que veio o clique — literal e figurativamente. Peguei o celular e comecei a fotografar. Algo naquele instante me puxou pra observar o ônibus de um jeito diferente. Eu, que tô sempre dentro dele, mas nunca realmente olho pra ele. Aqueles bancos vazios, a luz entrando pelas janelas, a calma do lugar que, em qualquer outro horário, seria cheio de passos, vozes, sacolas. Ali, só eu, o estofado gasto e o barulhinho sutil do motor resfriando.

Talvez fosse o silêncio. Talvez fosse a luz. Talvez fosse só o tempo parado, me permitindo olhar com mais carinho pra algo tão comum. Sei que foram minutos que ganharam outra textura. Quando o motorista voltou, sorriu de novo e seguimos viagem. Como se nada demais tivesse acontecido.

Mas aconteceu. Pra mim, foi um respiro diferente. E eu registrei. Ah, e eu também não consegui escolher entre a versão colorida e preto & branco. rs

Essa é a minha participação no @PhotoFeed Contest, com o tema Fotografia em Preto & Branco, no round 113.

_{Todo o conteúdo, imagens e edições são de minha autoria.}

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