What if the classroom ended at the school gate? [EN/PT]

avatar
Se preferir ler esse conteúdo em Português, clique aqui.

$1


[EN]

Sometimes I think about how school could be a lighter, gentler place. I’m not talking about utopias, but about possibilities. What if kids no longer had homework? It sounds simple, almost like a childish wish echoing through the hallways of the past, but the more I think about it, the more it feels like a revolutionary — or at least liberating — idea.

I remember well how, when I was a child, the school bell felt like the beginning of freedom. But it was a false sense of freedom. The backpack came home with me, heavy not only on my shoulders, but on my time. Homework was like an appendix of the school day, stuck to the end of it — a reminder that rest would only come after the “have to.” And even now, as an adult, I can still feel the anxiety creeping in when I realized the day was ending and my notebook was still closed. I always loved learning, but at school. Only there.

I know that for many people, the idea of getting rid of homework sounds like an attack on education. But aren’t we so used to the traditional model that we’ve stopped questioning whether it actually works — or for whom it works?

I imagine a scenario where learning is fully concentrated during school hours, in that space designed for it. Teachers with more time to plan, students with less overload, and maybe — just maybe — a little more passion for learning. The goal isn't to take knowledge out of students’ lives, but to return it to the right context, where it can flourish through guidance, interaction, and presence. Let home be home. Let the child leave school and enter their own life. Discover new things, play, observe, create.

And yes, I know childhood has changed a lot. These days, many kids have schedules more packed than adults in leadership positions. English classes, ballet, judo, tutoring, therapy. All aimed at shaping a “competent” adult. But are we really shaping them? Or are we just training them for productivity? Life is not supposed to be eternal homework. At least, it shouldn’t be.

When I talk about homework, I’m not just referring to written assignments. I’m talking about time. About space. About mental health. What could grow from the space left behind by the end of homework? Creative idleness? Closer family relationships? Spontaneous discoveries? Maybe a fertile kind of boredom, where the child invents, observes the world, talks to the dog, draws on the wall. FAR FROM SCREENS!

And no, I don’t believe that everyone will become a self-taught genius just because they no longer have assignments to turn in. But I do think it’s worth dreaming of a more humanized model, where knowledge isn’t something to be carried in a backpack like a burden. Where we learn not just for the test, but for life.

I know all of this might sound a bit utopian. But education needs a little courage if it’s to be reinvented. Isn’t it possible to trust more in the power of presence, of lived experience inside the classroom? Does learning really have to cross the school gate in the form of obligation?

Maybe the end of homework is one of those ideas that shake things up. And that’s okay. Shaking things up is also part of educating.


All the content, pics and editions are of my authorship.
Written in PT-BR. Translated to EN-US using ChatGPT.
Cover: created by Canva.


darling.png


[PT]

Às vezes penso em como a escola poderia ser um lugar mais leve. Não falo de utopias, mas de possibilidades. E se as crianças não tivessem mais dever de casa? Parece simples, quase um desejo infantil ecoando nos corredores do passado, mas quanto mais penso nisso, mais me parece uma ideia revolucionária, ou, no mínimo, libertadora.

Eu lembro bem de quando era criança e, ao ouvir o sinal tocar, sentia que a liberdade vinha com hora marcada. Mas era uma liberdade falsa. A mochila ia comigo para casa, pesando não só nos ombros, mas no tempo. Dever de casa era como um apêndice da escola grudado no fim do dia, um lembrete de que o descanso só viria depois do “tem que”. E hoje, mesmo adulta, consigo sentir a ansiedade que batia quando eu me dava conta de que o dia estava acabando e o caderno ainda estava fechado. Eu sempre gostei muito de estudar, mas na escola. Apenas ali.

Sei que para muita gente a ideia de abolir o dever de casa parece um atentado à educação. Mas será que a gente não está tão acostumado ao modelo tradicional que deixou de questionar se ele realmente funciona ou para quem ele funciona?

Imagino um cenário onde o aprendizado é concentrado no tempo da escola, dentro daquele espaço pensado para isso. Professores com mais tempo para planejar, alunos com menos sobrecarga, e talvez um pouco mais de paixão por aprender. A proposta não é tirar o conteúdo da vida dos estudantes, mas devolvê-lo ao contexto certo, onde ele pode florescer com mediação, troca, presença. Deixar que o lar seja lar. Que a criança possa sair da escola e entrar na própria vida. Descobrir outras coisas, brincar, observar, criar.

E olha, sei que a infância mudou muito. Hoje, muitas crianças tem agendas mais lotadas que adultos em cargos de liderança. Tem curso de inglês, balé, judô, reforço, terapia. Tudo pensado para formar um adulto “competente”. Mas será que estamos formando mesmo? Ou estamos apenas adestrando para a produtividade? A vida não é uma eterna lição de casa. Ou pelo menos não deveria ser.

Quando falo de dever de casa, não estou me referindo só às tarefas escritas. Estou falando de tempo. De espaço. De saúde mental. O que poderia nascer do vazio deixado pelo fim do dever de casa? Ócio criativo? Relacionamentos mais próximos em casa? Descobertas espontâneas? Talvez um tédio fértil, onde a criança inventa, observa o mundo ao redor, conversa com o cachorro, desenha na parede. LONGE DE TELAS!

E não, não acredito que todo mundo vá se tornar um gênio autodidata só porque não tem mais lição para entregar. Mas acho que vale sonhar com um modelo mais humanizado, onde o conhecimento não seja algo a se carregar na mochila como um fardo. Onde se aprende não apenas para a prova, mas para a vida.

Eu sei que isso tudo soa meio utópico. Mas a educação precisa de um pouco de coragem para ser reinventada. Será que não é possível confiar mais na potência da presença, da vivência dentro da sala de aula? Será que o aprendizado precisa mesmo atravessar o portão da escola em forma de obrigação?

Talvez o fim do dever de casa seja uma dessas ideias que sacodem. E tudo bem. Sacudir também é educar.


Todo o conteúdo, imagens e edições são de minha autoria.
Escrito em PT-BR. Traduzido para EN-US usando o ChatGPT.
Capa: criada com Canva.

darling.png



0
0
0.000
6 comments
avatar

It would be a beautiful world indeed. After all, many adults prefer to leave their work at the office when going home. It will also be great if the kids leave school at school as well. Let home time be for the family and fully for the family, giving time for other productive things.

0
0
0.000
avatar

Your post has been curated from the @pandex curation project. Click on the banner below to visit our official website and learn more about Panda-X. Banner Text

0
0
0.000
avatar

A mochila ia comigo para casa, pesando não só nos ombros, mas no tempo.

Acho que meu grande problema nas costas vem dessa epoca!! kkk
Acho que o que sofremos na nossa epoca, nao deveria ser passado em frente. A quantidade de dever era louco. Mas acho que pequenas doses de dever em casa nao fazem mal, podem ajudar tambem a reinforcar a logica e aprendizado alem de tambem trazem senso de responsabilidade.
!DUO

0
0
0.000