Staging influence: Virgínia Fonseca’s performance at Brazil’s Senate Inquiry [EN/PT]

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[EN]

As a journalist with a degree and active experience in the field of Communication, I pay close attention to the nuances of image strategies used by public figures. It’s a topic I’m particularly interested in, by the way.

And the recent testimony of Virgínia Fonseca at the Bets CPI this Tuesday (May 13) did not go unnoticed by me.

The summoning of the digital influencer exposes not only the intersection between influencers and high-risk marketing but also a very well-crafted communication formula designed to build a specific public image. During her appearance before the committee, Virgínia made sure to project a deliberately chosen look that, at first glance, seemed casual — but in reality, reflected a carefully crafted communication strategy. A sweatshirt featuring her daughter’s face, loose hair, youthful glasses, and a pink Stanley cup all became elements of a persona that appeared unassuming, almost disconnected from the seriousness of the topic being addressed.

It’s impossible not to notice that every detail of her appearance was meticulously planned to soften her image, creating a disconnect between the persona of a young, rich, and famous influencer and the serious issues surrounding the promotion of gambling and online betting. The choice of clothing and accessories — evoking a younger, lighter, and simpler image — aimed to minimize the sense of responsibility for the advertising campaigns she did for betting companies. This is no coincidence: it reflects a deliberate effort to reduce the perception of deep involvement in the betting market and its legal implications.

Virgínia Fonseca is undeniably one of the most well-known digital influencers in Brazil. With over 90 million followers on social media, she maintains a carefully curated public image that emphasizes authenticity and closeness with her audience. However, her advertising work — including million-dollar contracts with online betting companies — directly contrasts with the image of simplicity she tries to project. The influencer’s summons to testify before the Bets CPI followed her participation in promotional campaigns for betting platforms, which triggered a wave of questions about the ethics of digital influencers promoting products like gambling, which can have serious financial consequences for consumers.

By adopting a look that evokes youth and lightness, Virgínia seems to want to distance herself from the complexity of the betting market. This choice of a “low-key” image, while meant to soften perceptions of accountability, raises important ethical questions about using influencers to promote high-risk activities such as online gambling. After all, an influencer’s role is more than just serving as a marketing vehicle — for their followers, they are a reference point and, in many cases, a source of influence over consumer choices.

The fact that Virgínia was summoned by the Bets CPI reflects the relevance she holds in the digital market. Her massive following makes her highly influential, and her participation in advertising campaigns for online betting platforms brings to light the weight of the responsibility she carries. Digital influencers, when entering into commercial partnerships, need to have a clear understanding of the impact those choices can have on their audiences. A person’s public image is built not only on their actions but also on the decisions they make regarding what to promote, which products and services they endorse, and how that may directly affect their followers.

Virgínia, who clearly has the skill to build and manage her image, knows the importance of visual communication. Her appearance before the CPI, with a style that evokes simplicity, is a reflection of how public image can be shaped by conscious choices in clothing, posture, and behavior. However, what we need to reflect on — not just as Communication professionals but also as the general public — is whether this strategy can truly mitigate the impact of questionable advertising practices. For Virgínia, constructing an image of lightness and youth might soften public perception, but it doesn’t erase the ethical implications of her role in promoting sports betting.

In today’s landscape, where consumer behavior is heavily influenced by what is promoted on social media, it is imperative that influencers like Virgínia recognize the responsibility that comes with their partnership choices. Moreover, it is essential that the construction of public images aligns with ethical and transparent practices. When promoting products that can have significant financial consequences, such as gambling, influencers must seriously reflect on the message they are passing on to their audiences — many of whom may be vulnerable to these types of risky investments.

Virgínia Fonseca’s image strategy — adopting a youthful and light-hearted appearance — is undoubtedly part of an attempt to soften the public’s perception of her involvement in betting company ad campaigns. However, this approach is not immune to criticism. It highlights the growing need for greater responsibility and ethical standards in the use of digital influencers to promote products and services that carry financial risks.

The case of Virgínia Fonseca and her image strategy during the Bets CPI is a clear example of how visual communication and public image construction go hand in hand, especially when sensitive topics are at stake. It sparks an important discussion about the ethics of digital marketing and the role of influencers in today’s media environment.


All the content, pics and editions are of my authorship.
Written in PT-BR. Translated to EN-US using ChatGPT.


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[PT]

Como jornalista formada e atuante no campo da Comunicação, fico atenta às nuances de estratégias de imagem utilizadas por figuras públicas. Eu gosto bastante desse assunto, inclusive.

E o recente depoimento de Virgínia Fonseca na CPI das Bets nesta terça-feira (13), não passou despercebido pra mim.

A convocação da influenciadora digital expõe, além da interseção entre influenciadores e o marketing de risco, uma fórmula de comunicação muito bem arquitetada para construir uma imagem específica. Durante comparecimento à comissão, Virgínia fez questão de projetar um visual cuidadosamente escolhido, que parecia à primeira vista descomplicado, mas que, na realidade, refletia uma estratégia comunicacional elaborada. Moletom com o rosto da filha, o cabelo solto, os óculos joviais e o copo Stanley rosa se tornaram elementos de uma persona despretensiosa, quase desconectada da seriedade do assunto que estava sendo tratado.

É impossível não notar que cada detalhe da aparência foi meticulosamente planejado para suavizar a imagem dela, criando uma desconexão entre a imagem de uma jovem influencer rica e famosa, e as graves questões envolvendo a promoção de jogos de azar e apostas online. A escolha de vestuário e acessórios, que remete a uma imagem mais jovem e leve e simples, procurou suavizar a ideia de responsabilidade pelas campanhas publicitárias que fez com casas de apostas. Essa abordagem não é por acaso: ela reflete um esforço deliberado para reduzir a percepção de envolvimento profundo com o mercado de apostas e as implicações legais.

Virgínia Fonseca é, sem dúvida, uma das influenciadoras digitais mais conhecidas do Brasil. Com mais de 90 milhões de seguidores nas redes sociais, ela mantém uma imagem pública cuidadosamente cultivada, que enfatiza a autenticidade e proximidade com o público. No entanto, o trabalho publicitário dela, que inclui contratos milionários com empresas de apostas online, contrasta diretamente com a imagem de simplicidade que tenta projetar. A convocação da influencer para depor na CPI das Bets veio após a participação em campanhas publicitárias com plataformas de apostas, algo que gerou uma onda de questionamentos sobre a ética de influenciadores digitais que promovem produtos como jogos de azar, que podem ter sérios impactos financeiros para os consumidores.

Ao adotar um visual que remete à juventude e leveza, Virgínia parece querer se distanciar da complexidade do mercado das apostas. A escolha de uma imagem descomplicada, ao mesmo tempo em que visa atenuar a percepção da responsabilidade, não deixa de levantar questionamentos sobre a ética de utilizar influenciadores para promover atividades de risco, como os jogos de azar. Afinal, o papel de uma influenciadora é ser mais que um mero veículo de marketing — ela é, para os seguidores, uma referência e, em muitos casos, uma fonte de influência sobre as escolhas de consumo.

O fato de Virgínia ter sido convocada pela CPI das Bets reflete a relevância que ela tem no mercado digital. A grande base de seguidores faz dela uma pessoa influente, e a participação em campanhas publicitárias voltadas para as apostas online coloca em evidência a responsabilidade que ela carrega. Influenciadores digitais, ao entrarem em parcerias comerciais, precisam ter uma compreensão clara dos impactos dessas escolhas nos públicos. A imagem pública de uma pessoa é construída com base não apenas nas ações que realiza, mas também nas escolhas que faz sobre o que promover, os produtos e serviços que endossa e como isso pode afetar diretamente os seguidores.

Virgínia, com a habilidade para construir e gerenciar a imagem, sabe da importância da comunicação visual. A presença na CPI, com um visual que remete à simplicidade, é um reflexo de como a imagem pública de uma pessoa pode ser moldada por escolhas conscientes de vestuário, gestos e atitudes. No entanto, o que precisamos refletir, não apenas como profissionais de Comunicação, mas também como público, é se essa estratégia pode realmente atenuar os impactos de ações publicitárias questionáveis. Para Virgínia, a construção de uma imagem de leveza e juventude pode suavizar a percepção pública, mas não apaga as implicações éticas de sua participação na promoção de apostas esportivas.

Em um cenário como o atual, em que o comportamento do consumidor é altamente influenciado pelo que é promovido nas redes sociais, é imperativo que influenciadores como Virgínia reconheçam a responsabilidade que as escolhas de parceria carregam. Além disso, é essencial que a construção de imagens públicas seja alinhada com práticas éticas e transparentes. Ao promover produtos que podem ter um impacto financeiro significativo, como jogos de azar, esses influenciadores precisam refletir sobre o que estão transmitindo aos seguidores, muitos dos quais podem ser mais vulneráveis a esses tipos de investimentos arriscados.

A estratégia de imagem de Virgínia Fonseca, ao adotar um visual jovial e leve, sem dúvida faz parte de uma tentativa de suavizar a percepção do público sobre a participação em campanhas publicitárias de casas de apostas. No entanto, essa abordagem não escapa à crítica. Ela coloca em evidência a necessidade de uma maior responsabilidade e ética na utilização de influenciadores digitais para promover produtos e serviços que envolvem riscos financeiros.

O caso de Virgínia Fonseca e sua estratégia de imagem na CPI das Bets é um exemplo claro de como a comunicação visual e a construção de imagem pública andam de mãos dadas, especialmente quando o assunto envolve temas sensíveis. Esse caso levanta uma discussão importante sobre a ética do marketing digital e o papel dos influenciadores no contexto atual.


Todo o conteúdo, imagens e edições são de minha autoria.
Escrito em PT-BR. Traduzido para EN-US usando o ChatGPT.

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Mulherzinha asquerosa, hein? Não apenas ela, como também uma boa parte de toda a classe da qual ela faz parte.

É triste (e muito preocupante) ver o tanto de pessoas que a seguem, sem ela ao menos entregar algum conteúdo realmente significativo. Fica aí o reflexo de uma parte do Brasil pobre de conhecimento e sem perspectiva de futuro.

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É bizarro demais. Esse país tá, no mínimo, perdido.

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Eu espero que ela e todos os envolvidos sejam presos T_T

Vendem ilusões, para pessoas sofridas e fracas da cabeça que acreditam que estes jogos irão trazer riqueza rápida e segura... muito triste isso, se aproveitam das pessoas mais necessitadas.

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Olha não conhecia essa história e personagem. To bem distantes dessas notícias no Brasil mas algo que me assustou foi a presença desse tipo de negócio e marketing na vida dos brasileiros. Me assustei ao assistir Luciano Huck e ver um quadro todo patrocinado por uma empresa de apostas, era sobre Las Vegas algo assim e o Luciano Huck fazendo propaganda. Eu até o momento achava que era algo somente presente no Futebol em que muitos times são patrocinados por essas empresas.
Enfim voltando ao assunto do texto, interessante que como esses influencers são inteligentes, não estou questionando a parte ética. Mas essa questão em saber como ativar o público invejo muito. Mas faz sentido a sua análise.
Olha acho legal mesmo esse tipo de post ainda mais vindo de uma especialista na area.

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