Slavery changed clothes [EN/PT]

[EN]
It’s no surprise to any Brazilian that slavery was officially abolished in our country back in 1888, with the signing of the Lei Áurea. In theory, that looked like the end of a painful chapter in our history. But more than a century later, we’re still living with practices that are practically the same—just not called by the same name: extreme exploitation, violation of dignity, and lives reduced to numbers, profit, and forced obedience. Slavery changed clothes, but it never really left.
From a journalistic perspective… worldwide, it’s estimated that over 50 million people live under conditions similar to slavery (according to the International Labour Organization, 2022). And unfortunately, Brazil is not out of this picture. Just last year, the Ministry of Labour rescued more than 3,000 workers from degrading conditions—many in rural areas, but also in urban centers, hidden behind the façades of regular businesses.
What’s striking is how often these practices happen under an apparent legality. Contracts are signed, wages are promised, but in reality, we see absurdly long shifts, documents withheld, fabricated debts to trap workers, and living conditions that are close to inhumane. It’s the so-called “work analogous to slavery”—a bureaucratic term to describe a reality that, deep down, is exactly what it is: slavery.
And it’s not just happening in the countryside. In urban Brazil, modern slavery takes on other faces: domestic workers pulling over 12-hour days with no days off, rideshare drivers who drive until exhaustion to make less than minimum wage, delivery workers who, with no labor rights, are forced to choose between working under pouring rain or going without food on the table. Of course, these are different realities, but all expose the same logic: exploitation disguised as opportunity.
Here’s the tricky part: how do we differentiate “hard work” from illegal exploitation? Where does choice end and oppression begin? In official discourse, these new forms of labor are dressed up as freedom—“you make your own schedule,” “you work when you want.” But in practice, economic pressure transforms that supposed freedom into a prison. People who depend on this kind of job don’t really have a choice. They work because they must, and accept conditions that, in other contexts, would be unacceptable.
So, the question arises: is it even possible to completely eradicate slavery? The answer, unfortunately, seems more complicated than we’d like. Tougher laws help, inspections help, but the problem runs deeper. It’s rooted in social inequality, poverty, and even a certain collective complacency. As long as there are those who profit from exploitation and those who, out of lack of options, accept being exploited, the cycle keeps spinning.
In the end, talking about total eradication might sound like a distant dream. But recognizing modern slavery, calling it by its real name, and fighting to confront it is already, in itself, a way to break the cycle. Because if slavery has changed its shape, resistance needs to change too.
All the content, pics and editions are of my authorship.
Written in PT-BR. Translated to EN-US using ChatGPT.
Cover: created by ImageFX.

Não é novidade para nenhum brasileiro que a escravidão, oficialmente, foi abolida no nosso país em 1888, com a assinatura da Lei Áurea. Na teoria, parecia que era o fim de um capítulo doloroso da nossa história. Só que, mais de um século depois, a gente ainda convive com práticas que são praticamente iguais, apenas não recebem o mesmo nome: exploração extrema, violação da dignidade e a vida de pessoas reduzidas a números, lucro e obediência forçada. A escravidão mudou de roupa, mas não foi embora.
Jornalisticamente falando... no mundo, estima-se que mais de 50 milhões de pessoas vivem em condições análogas à escravidão (dados da Organização Internacional do Trabalho, de 2022). E o Brasil, infelizmente, não está fora dessa estatística. O Ministério do Trabalho, só no ano passado, resgatou mais de 3 mil trabalhadores em situações degradantes, sendo muitos deles em áreas rurais, mas também em centros urbanos, escondidos atrás de fachadas de empresas comuns.
O que chama atenção é que essas práticas por vezes acontecem dentro da legalidade aparente. Contratos são assinados, salários são prometidos, mas o que se vê na prática são jornadas absurdas, retenção de documentos, dívidas inventadas para prender o trabalhador e condições de vida que beiram o desumano. É o famoso “trabalho análogo à escravidão”, um termo burocrático para descrever uma realidade que, no fundo, é exatamente isso: escravidão.
E não é só no campo que isso acontece. No Brasil urbano, a escravidão moderna ganha outras formas: empregadas domésticas trabalhando mais de 12 horas por dia sem folga, motoristas de aplicativo que dirigem até a exaustão para ganhar menos que um salário mínimo, trabalhadores de aplicativos de entrega que, sem direitos trabalhistas, são obrigados a escolher entre rodar debaixo de chuva ou ficar sem comida na mesa. Claro que são realidades diferentes, mas todas revelam a mesma lógica da exploração travestida de oportunidade.
Esse é o ponto delicado. Como diferenciar “trabalho pesado” de exploração ilegal? Onde termina a escolha e começa a opressão? No discurso oficial, essas novas formas de trabalho são apresentadas como liberdade — “você faz seu horário”, “trabalha quando quiser”. Na prática, a pressão econômica transforma essa suposta liberdade em prisão. Quem depende desse tipo de ocupação não tem opção real de escolha. Trabalha porque precisa, e aceita condições que em outros contextos seriam inaceitáveis.
E aí surge a pergunta: dá para erradicar completamente a escravidão? A resposta, infelizmente, parece ser mais complexa do que gostaríamos. É claro que leis mais duras ajudam, fiscalização também, mas o problema vai além. Ele está enraizado na desigualdade social, na pobreza e até em um certo conformismo coletivo. Enquanto houver quem lucra com a exploração e quem, por falta de opção, aceite ser explorado, a roda continua girando.
No fim das contas, falar em erradicação total talvez soe como sonho distante. Mas reconhecer a escravidão moderna, chamá-la pelo nome certo e lutar para combatê-la já é, por si só, uma forma de quebrar o ciclo. Porque, se a escravidão mudou de forma, a resistência também precisa mudar.
Todo o conteúdo, imagens e edições são de minha autoria.
Escrito em PT-BR. Traduzido para EN-US usando o ChatGPT.
Capa: criada com ImageFX.
Obrigado por promover a comunidade Hive-BR em suas postagens.
Vamos seguir fortalecendo a Hive
As leis trabalhistas do pais sao muito boas...'e uma pena que seja tao dificil aplicar a todos da mesma forma!
Sometimes I wonder if there would be an Actual eradication. Wellers see if there can be something done in the nearest future
Love and selflessness not selfishness will end to put an end to slavery in whatever disguise. Humans deserves better. Thanks so much for sharing this with us
It's so sad we still face slavery in the modern age, in whatever form they put it, it is bad, humans should all be respected irrespective of their class.
Infelizmente ainda existe escravidão de pessoas em locais remotos. De vez enquando ainda vejo noticias sobre escravidão em fazendas e até mesmo em obras de construção civil. Mas, na real é como você falou escravidão só mudou de nome para contrato de trabalho CLT.