Not every advancement is a fair trade [EN/PT]
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At first glance, the idea of having a robot that takes care of all the household chores sounds tempting. Impeccable cleaning, ready-made meals, clothes always washed and ironed, everything in its place — and without lifting a finger. But for me, this idea doesn’t sit right. And it’s not because I’m against technology or progress that makes daily life easier. On the contrary, I support anything that helps us live more lightly. What bothers me about this proposal is precisely the "doing everything for me" part.
I like taking care of my home. It's true that I'm not always excited to scrub the bathroom or pick up my dogs’ poop, but there’s something deeply satisfying about seeing the results of my own effort. Playing music while I clean, lighting some incense after tidying everything up, caring for my plants, or cooking a tasty meal gives me a sense of presence. Through these small acts, it’s as if I reaffirm that this space is mine — it’s alive, it’s cared for.
Having a robot that does absolutely everything for me would steal part of that. I’d lose moments of introspection, of productive pauses, of daily rituals that organize not just the house but also my mind. Doing housework, as simple as it may seem, helps me process emotions, think more clearly, and slow down. There’s also an identity aspect to it. I’m someone who likes to care for my home with affection, in my own way and at my own pace. A robot might be efficient, but it will never understand the symbolic value of making a space reflect who I am.
Now, if we’re talking about a robot assistant, that’s a different story. Something that helps me carry heavy things, vacuums the house while I work, or does the dishes on a hectic day — yes, I’d gladly accept that. Not to replace me, but to be an extension of my routine, a helping hand on days when my body can’t keep up or when time is short. Getting help is different from outsourcing everything. I like the idea of sharing tasks, of having support, but I still want to get my hands dirty — literally.
Moreover, the idea of becoming completely dependent on technology for such basic things bothers me. The more we delegate, the more we forget. And I don’t want to lose the knowledge of how to care, how to cook, how to organize, how to fix small problems around the house. These skills make me more autonomous and, as contradictory as it may sound, they make me feel freer.
Here’s another point worth thinking about: what would we really do with all that free time if we no longer had any domestic responsibilities? In an ideal world, maybe we’d use it to rest, to create, to learn, to live more fully. But knowing how modern productivity works, it’s more likely that this free time would quickly be swallowed up by more work, more commitments, more pressure. It’s not free time that sets us free — it’s how we use it. Personally, I prefer balancing chores with moments of leisure. I love the feeling of accomplishment that a clean house gives me before I settle on the couch to watch something or cuddle with my dogs. One thing feeds the other.
So, no. I wouldn’t want a robot that does everything for me. Because my home isn’t a company that needs constant optimization. It’s a living space, full of energy, stories, and affection. And part of that energy comes precisely from the human touch, from intentional care, from the imperfect everyday. If I’m going to have a robot, let it be a partner — not a boss.
All the content, pics and editions are of my authorship.
Written in PT-BR. Translated to EN-US using ChatGPT.
Cover: created by Canva.

À primeira vista, a ideia de ter um robô que cuide de todas as tarefas domésticas parece tentadora. Limpeza impecável, refeições prontas, roupas sempre lavadas e passadas, tudo no seu devido lugar — e sem que você precise mover um dedo. Mas, para mim, essa ideia não me conquista. E não é porque eu seja contra a tecnologia ou contra avanços que facilitem o dia a dia. Pelo contrário, sou a favor de tudo que nos ajude a viver com mais leveza. O que me incomoda nessa proposta é justamente o "fazer tudo por mim".
Eu gosto de cuidar da minha casa. É verdade que nem sempre estou animada para lavar o banheiro ou catar cocô das minhas cachorras, mas existe algo de profundamente satisfatório em ver o resultado do meu próprio esforço. Colocar uma música enquanto limpo, acender um incenso depois de arrumar tudo, cuidar das minhas plantas ou preparar uma refeição gostosa me dá uma sensação de presença. É como se, através desses pequenos atos, eu reafirmasse que aquele espaço é meu, é vivo, é cuidado.
Ter um robô que fizesse absolutamente tudo por mim me roubaria parte disso. Eu perderia momentos de introspecção, de pausas produtivas, de rituais cotidianos que organizam não só a casa, mas também a mente. Fazer tarefas domésticas, por mais simples que pareçam, me ajuda a processar emoções, a pensar com mais clareza, a desacelerar. E há também uma questão de identidade aí. Eu sou alguém que gosta de manter o lar com carinho, do meu jeito, no meu tempo. Um robô pode ser eficiente, mas jamais vai entender o valor simbólico de deixar a casa com a minha cara.
Agora, se estivermos falando de um robô auxiliar, aí a conversa muda de figura. Algo que me ajude a carregar peso, que aspire a casa enquanto eu trabalho, que lave a louça nos dias mais corridos — sim, eu aceitaria de bom grado. Não para me substituir, mas para ser uma extensão da minha rotina, um apoio nos dias em que o corpo não responde ou o tempo não permite. Ter ajuda é diferente de terceirizar completamente. Gosto da ideia de dividir as tarefas, de ter suporte, mas ainda quero manter minhas mãos na massa, literalmente.
Além disso, há algo que me incomoda na ideia de se tornar totalmente dependente da tecnologia para funções tão básicas. Quanto mais a gente delega, mais a gente desaprende. E eu não quero perder o saber de cuidar, de cozinhar, de organizar, de resolver pequenos problemas da casa. Essas habilidades me tornam mais autônoma e, por mais contraditório que pareça, me fazem sentir mais livre.
Outro ponto que merece reflexão: o que faríamos com todo esse tempo livre, se não tivéssemos mais nenhuma tarefa doméstica? Em um mundo ideal, talvez usássemos para descansar, criar, estudar, viver com mais qualidade. Mas conhecendo a lógica da produtividade moderna, é bem provável que esse tempo fosse rapidamente engolido por mais trabalho, mais compromissos, mais exigências. Não é o tempo livre que nos liberta, mas a forma como o utilizamos. Eu, pessoalmente, prefiro equilibrar as tarefas com os momentos de lazer. Gosto da sensação de dever cumprido que uma casa limpa me traz antes de deitar no sofá para assistir algo ou curtir minhas cachorras. Uma coisa alimenta a outra.
Então, não. Eu não teria um robô que fizesse tudo por mim. Porque minha casa não é uma empresa que precisa de otimização constante. Ela é um espaço vivo, com energia, história e afeto. E parte dessa energia vem justamente do toque humano, do cuidado intencional, do cotidiano imperfeito. Se for para ter um robô, que seja parceiro — não patrão.
Todo o conteúdo, imagens e edições são de minha autoria.
Escrito em PT-BR. Traduzido para EN-US usando o ChatGPT.
Capa: criada com Canva.
Obrigado por promover a comunidade Hive-BR em suas postagens.
Vamos seguir fortalecendo a Hive
Its actually nice to take care of our homes without the need of robots. Getting dependent on them may have some disadvantages
Absolutely! It feels really good to be able to take care of our space with our own hands. Technology helps a lot, but it’s important not to rely on it completely — especially because there are things that only we know how to do in our own unique way, right?
Ter um robô para mim, é algo como um sonho de consumo, mas eu entendo o seu ponto e concordo. Para quem gosta de fazer as coisas do seu jeito, principalmente se tratando de casa, é bastante compreensível. Mas acho que o robô não precisaria fazer tudo por vc e para resolver isso, basta configurar ele e limitá-lo hehehe...
"ter a pia" é terapia 😁, sou desses.
Ia precisar pagar um (robô?) terapeuta... 😉
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