How far should we go? [EN/PT]

Se preferir ler esse conteúdo em Português, clique aqui.

$1


[EN]

As a journalist, I spend a great deal of time observing and reporting on human behavior, trying to understand why we do what we do and how our choices affect society. I often come across cases where the law seems not to keep up with morality or ethics, or, on the contrary, where it imposes itself so strongly that it ends up limiting personal freedoms that, at first glance, would not harm anyone.

So, to what extent should ethics and morality be considered when making laws?

Ethics and morality are concepts that vary according to culture, time period, and even the family in which we were raised. What is considered immoral in one country may be normal and accepted in another. For example, in some societies, same-sex marriage is still seen as morally wrong, while in others it is fully accepted and protected by law. But how do we decide what should or should not be legalized based on such subjective values?

It is undeniable that laws need to have some ethical foundation because they serve precisely to organize social coexistence, guarantee rights, and protect people. If there were no ethical reference in the creation of laws, anything could be permitted. Imagine the chaos.

But should everything that is considered immoral or unethical necessarily be prohibited by law? I don't think so. There are behaviors that, although seen as “wrong” by parts of society, do not cause direct harm to anyone and, therefore, should not be treated as crimes. For example, someone who chooses to live completely isolated, without maintaining contact with family or friends, may be seen as “strange” or “selfish,” but is not committing any crime.

Similarly, certain lifestyles, affective choices, or professional paths may be judged as immoral by certain groups, but that does not mean they should be prohibited. The idea of individual freedom is precisely to allow each person to live according to their own beliefs and desires, as long as they do not harm others.

As a journalist, I have interviewed many people who live on the margins of what is considered “normal” or “acceptable” by society. People who, even though judged and excluded, do no harm to anyone. And I always ask myself: who are we to decide that these people do not have the right to live as they wish?

On the other hand, there are limits. We cannot defend absolute freedom because we live in society. One person’s freedom ends where another’s begins. Therefore, when an action, even if motivated by personal values or desires, causes harm or suffering to someone, then the law must intervene, even if that goes against certain customs or traditions.

A classic example of this is the protection of children's rights. There are cultures that, by tradition, practice child marriage, but most countries, based on universal ethical principles — such as the right to childhood and protection — consider this practice illegal, even if, for that community, it is “morally acceptable.”

I believe the great challenge for lawmakers is precisely to strike this balance between ensuring collective well-being without suffocating individual freedom. It is not about legalizing everything people want to do, but also not about turning every “immoral” behavior into a crime.

Deep down, I think the question that should always guide the creation of laws is: “Does this cause real and significant harm to anyone?” If the answer is yes, then perhaps it should be prohibited or at least regulated. But if the answer is no, perhaps the law should simply refrain, allowing people to be free to be who they are, even if that displeases or shocks others.

As a journalist, I always try to keep this open-minded view, trying to understand the various nuances of human behavior, without falling into the temptation of judging everything based on my own morality. And honestly, I think the law should do the same: more respect for the diversity of choices and less imposition of unique moral standards. Society is made up of differences, and it is precisely that which makes it so complex and interesting…


All the content, pics and editions are of my authorship.
Written in PT-BR. Translated to EN-US using ChatGPT.
Cover: created by Canva.


darling.png


[PT]

Como jornalista, passo uma grande parte do tempo observando e relatando o comportamento humano, tentando entender por que fazemos o que fazemos e como nossas escolhas afetam a sociedade. Muitas vezes me deparo com casos em que a lei parece não acompanhar a moral ou a ética, ou, ao contrário, onde ela se impõe com tanta força que chega a limitar liberdades pessoais que, à primeira vista, não fariam mal a ninguém.

Então, até que ponto ética e moral devem ser consideradas na hora de criar leis?

A ética e a moral são conceitos que variam de acordo com a cultura, a época e até a família onde nascemos. O que é considerado imoral em um país, pode ser normal e aceito em outro. Por exemplo, em algumas sociedades, o casamento entre pessoas do mesmo sexo ainda é visto como moralmente errado, enquanto em outras já é plenamente aceito e protegido por lei. Mas como definir o que deve ou não ser legalizado com base em valores tão subjetivos?

É inegável que as leis precisam ter algum tipo de base ética, porque elas servem justamente para organizar a convivência social, garantir direitos e proteger as pessoas. Se não houvesse nenhuma referência ética na criação das leis, qualquer coisa poderia ser permitida. Imagina o caos.

Mas será que tudo o que é considerado imoral ou antiético deve, necessariamente, ser proibido por lei? Eu penso que não. Há comportamentos que, embora sejam vistos como "errados" por parte da sociedade, não causam dano direto a ninguém e, por isso, não deveriam ser tratados como crimes. Por exemplo, alguém que escolhe viver de forma completamente isolada, sem manter contato com familiares ou amigos, pode ser visto como "estranho" ou "egoísta", mas não está cometendo nenhum crime.

Do mesmo modo, certos estilos de vida, escolhas afetivas ou profissionais, podem ser julgados como imorais por certos grupos, mas isso não significa que devam ser proibidos. A ideia de liberdade individual é justamente permitir que cada pessoa viva de acordo com suas próprias crenças e desejos, desde que não prejudique os outros.

Como jornalista, já entrevistei muita gente que vive à margem daquilo que é considerado "normal" ou "aceitável" pela sociedade. Pessoas que, mesmo sendo julgadas e excluídas, não fazem mal a ninguém. E sempre me pergunto: quem somos nós para definir que essas pessoas não têm o direito de viver como querem?

Por outro lado, existem limites. Não dá para defender a liberdade absoluta, pois vivemos em sociedade. A liberdade de um termina onde começa a do outro. Por isso, quando uma ação, mesmo que motivada por valores ou desejos pessoais, causa dano ou sofrimento a alguém, aí sim a lei precisa atuar, mesmo que para isso vá contra certos costumes ou tradições.

Um exemplo clássico disso é a proteção dos direitos das crianças. Há culturas que, por tradição, praticam o casamento infantil, mas a maioria dos países, com base em princípios éticos universais - como o direito à infância e à proteção -, considera essa prática ilegal, mesmo que, para aquela comunidade, ela seja "moralmente aceitável".

Acredito que o grande desafio de quem cria leis está justamente nesse equilíbrio entre garantir o bem-estar coletivo sem sufocar a liberdade individual. Não se trata de legalizar tudo o que as pessoas desejam fazer, mas também não se trata de transformar todo comportamento "imoral" em crime.

No fundo, penso que a pergunta que deveria sempre nortear a criação das leis é: "isso causa dano real e significativo a alguém?" Se a resposta for sim, então talvez deva ser proibido ou, pelo menos, regulamentado. Mas se a resposta for não, talvez a lei deva simplesmente se abster, permitindo que as pessoas sejam livres para serem quem são, mesmo que isso desagrade ou choque os outros.

Como jornalista, procuro sempre manter esse olhar aberto, tentando compreender as várias nuances do comportamento humano, sem cair na tentação de julgar tudo com base na minha própria moral. Acho que o direito deveria fazer o mesmo. Mais respeito pela diversidade de escolhas e menos imposição de padrões morais únicos. A sociedade é feita de diferenças, e é justamente isso que a torna tão complexa e interessante...


Todo o conteúdo, imagens e edições são de minha autoria.
Escrito em PT-BR. Traduzido para EN-US usando o ChatGPT.
Capa: criada com Canva.

darling.png



0
0
0.000
17 comments
avatar

Congratulations @xlety! You have completed the following achievement on the Hive blockchain And have been rewarded with New badge(s)

You distributed more than 32000 upvotes.
Your next target is to reach 33000 upvotes.

You can view your badges on your board and compare yourself to others in the Ranking
If you no longer want to receive notifications, reply to this comment with the word STOP

Check out our last posts:

Our Hive Power Delegations to the May PUM Winners
Feedback from the June Hive Power Up Day
Hive Power Up Month Challenge - May 2025 Winners List
0
0
0.000
avatar

Your post has been curated from the @pandex curation project. Click on the banner below to visit our official website and learn more about Panda-X. Banner Text

0
0
0.000
avatar

Por exemplo, alguém que escolhe viver de forma completamente isolada, sem manter contato com familiares ou amigos, pode ser visto como "estranho" ou "egoísta", mas não está cometendo nenhum crime.

Olha acho que não tem nada que fira os principios de moral e ética o isolamento kkk até pq 90% dos filosofos que discutem isso vivem em isolamento kkkk sei la. Acho que somente no caso de estar realmente prejudicando alguem esse isolamento, tipo cuidado de idosos.. alguem q deixa o pai apodrecer numa doença algo do tipo.

A ideia de liberdade individual é justamente permitir que cada pessoa viva de acordo com suas próprias crenças e desejos, desde que não prejudique os outros.

Bingo! falei Bastante, alias so disso no meu post! kkkk

0
0
0.000
avatar

Liberdade individual é isso: viver do seu jeito, sem causar dano aos outros

0
0
0.000
avatar

Muito boa a provocação da Hive Learners!
Qual o limite entre moral ética e lei?
Pra se refletir...

!LADY
!HUG
!UNI

0
0
0.000
avatar

Com certeza! São temas que se cruzam, mas nem sempre caminham juntos. Vale mesmo a reflexão

0
0
0.000
avatar

Seu ponto de vista é perfeito em relação a isso! Acho que se algo é imoral não quer dizer que seja um problema para criação de uma lei, as opiniões podem divergir e tudo bem com isso.

Como você exemplificou, se algo imoral não causa danos ou perigo as pessoas, não tem porque criar uma lei para tentar parar isso, acho que deve-se analisar a gravidade de cada coisa e ação para começar a pensar se deve ser feito uma lei ou não.

0
0
0.000
avatar

É exatamente isso: nem tudo que é imoral precisa ser ilegal. O importante é avaliar se aquilo causa algum dano real às pessoas antes de pensar em legislar sobre o assunto

0
0
0.000
avatar

União civil entre pessoas do mesmo sexo e, entrando no contexto da não-monogamia, múltiplas uniões estáveis, arranjos multiparentais...
São questões morais e éticas que deveriam ser acolhidas pela legislação, pois se tratam de cidadania e garantia de direitos.

!LADY
!HUG
!PIZZA

0
0
0.000
avatar

You have already used the number of tips you had for the day. Please try again tomorrow or buy more LOH tokens to send more tips.

0
0
0.000
avatar

Concordo totalmente! São formas legítimas de afeto e convivência, e o Estado deve garantir os direitos de todas as pessoas, independentemente do modelo de relacionamento. Trata-se de respeito, dignidade e cidadania

0
0
0.000