What is the value of a craftsman's work in your country?

I was recently watching a local news report discussing how the work of craftsman has been systematically devalued by the Brazilian population over the years. Even though this scenario is rapidly expanding nationally (and internationally), the recognition it deserves from society itself still doesn't actually happen (often reduced to merely effusive praise). This is a reality that plagues many regions of Brazil, and the tendency is for change to occur without public policies.

Examples of devaluation occur in many ways: from the raw material used to make the artisanal product, to the way it is made, and especially, the amount charged by each artisan depending on the product created. There is a consistent scale of devaluation, which destabilizes and devalues not only the work of craftsman (financially), but also the craftsman themselves. This directly harms the entire production chain, which involves financial losses at different levels.

I live in a coastal city and have witnessed countless uncomfortable situations where craftsman face misinformation (which is often disguised as prejudice). Many people harbor the idea that handcrafted work isn't automatically devalued because it's made by human hands rather than "machine hands," and because it doesn't have a famous brand stamped on it, it should be priced much more affordably. There are some truly abusive prices, but it's up to each person to understand that they can only buy what they can afford.

Honestly, it's very sad to see this kind of situation happening. Ironically, the same pieces that gain space in galleries and shopping malls around the world are sold at much higher prices, and no one goes into these stores to complain (at least publicly). The work of craftsman (and the craftsman themselves) deserves a much stronger appreciation, because these professionals possess specific skills, and a large portion of them earn their living from the income they earn. Give them the respect and admiration they deserve.

There's a whole historical context that has fostered this devaluation of labor and the artisan over the years, and the process of machine automation is one of the most relevant factors, coupled with the population's culture (not entirely, of course) regarding values distorted by a kind of "brainwashing" carried out by the marketing efforts of large companies (which continue to be one of the most important tools in scenarios that undermine artisanal labor). Whether this will ever change is anyone's guess, but right now, everything is "murky".

Hace poco vi un reportaje local que analizaba cómo el trabajo de los artesanos ha sido sistemáticamente devaluado por la población brasileña a lo largo de los años. Si bien este panorama se está expandiendo rápidamente a nivel nacional (e internacional), el reconocimiento que merece por parte de la sociedad aún no se materializa (a menudo se reduce a meros elogios efusivos). Esta es una realidad que afecta a muchas regiones de Brasil, y la tendencia es que el cambio se produzca sin políticas públicas.

Los ejemplos de devaluación se dan de muchas maneras: desde la materia prima utilizada para elaborar el producto artesanal, hasta la forma en que se elabora y, especialmente, el precio que cobra cada artesano según el producto creado. Existe una escala constante de devaluación, que desestabiliza y devalúa no solo el trabajo de los artesanos (financieramente), sino también a los propios artesanos. Esto perjudica directamente a toda la cadena de producción, lo que implica pérdidas financieras a diferentes niveles.

Vivo en una ciudad costera y he presenciado innumerables situaciones incómodas donde los artesanos se enfrentan a la desinformación (que a menudo se disfraza de prejuicios). Mucha gente cree que el trabajo artesanal no se devalúa automáticamente por estar hecho por manos humanas en lugar de "máquinas", y que, al no tener una marca reconocida, debería tener un precio mucho más asequible. Hay precios realmente abusivos, pero cada uno debe comprender que solo puede comprar lo que se puede permitir.

Sinceramente, es muy triste ver este tipo de situaciones. Irónicamente, las mismas piezas que ganan espacio en galerías y centros comerciales de todo el mundo se venden a precios mucho más altos, y nadie va a estas tiendas a quejarse (al menos públicamente). El trabajo de los artesanos (y los propios artesanos) merece una mayor apreciación, porque estos profesionales poseen habilidades específicas y gran parte de ellos se ganan la vida con los ingresos que obtienen. Denles el respeto y la admiración que merecen.

Existe todo un contexto histórico que ha fomentado esta devaluación del trabajo y del artesano a lo largo de los años, y el proceso de automatización de las máquinas es uno de los factores más relevantes, sumado a la cultura de la población (no del todo, claro está) respecto a los valores distorsionados por una especie de "lavado de cerebro" llevado a cabo por las estrategias de marketing de las grandes empresas (que siguen siendo una de las herramientas más importantes en escenarios que socavan el trabajo artesanal). Nadie sabe si esto cambiará alguna vez, pero por ahora, todo es “turbio”.

Agora pouco eu estava assistindo a uma reportagem de um telejornal local falando sobre como o trabalho dos artesãos vem sendo, sistematicamente, desvalorizado pela própria população de brasileiros ao longo dos anos. Mesmo que esse cenário esteja em franca expansão em território nacional (e internacional), o devido reconhecimento que deveria ser dado pela própria sociedade ainda não acontece de fato (muitas vezes sendo reduzido a elogios meramente efusivos). Esta é uma realidade que assola muitas regiões do Brasil, e a tendência é que não haja mudança sem políticas públicas.

Os exemplos de desvalorização acontecem de diversas maneiras: desde o material que funciona como matéria-prima para a fabricação do produto artesanal, até o modo como ele é feito, e principalmente, o valor que é cobrado por cada artesão a depender do produto que foi criado. Existe uma escala de desvalorização consistente, que não desestabiliza e desvaloriza apenas o trabalho de artesãos (no aspecto financeiro), mas também os artesãos enquanto profissionais. Isso prejudica diretamente toda uma cadeia produtiva, que envolve prejuízos financeiros nas mais diferentes camadas.

Eu moro em uma cidade litorânea e já presenciei incontáveis situações incômodas onde os artesãos precisam enfrentar a desinformação das pessoas (que muitas vezes está disfarçada de preconceito mesmo). Muitas pessoas alimentam as ideias de que trabalhos manuais não automaticamente desvalorizados porque são feitos por mãos humanas e não por “mãos de máquinas”, e por não terem uma marca famosa estampada neles, deveriam ter preços muito mais acessíveis. Há preços realmente abusivos, mas cabe a cada pessoa entender que só pode comprar aquilo que “cabe” no seu bolso.

Sinceramente, é muito triste ver esse tipo de situação acontecendo. Não ironicamente, as mesmas peças que ganham espaços em galerias e shoppings mundo à fora são vendidos por preços muito mais caros e ninguém entre nessas lojas para fazer nenhuma reclamação (ao menos publicamente). O trabalho dos artesãos (e os artesão em si) devem ter uma apreciação muito mais robusta, porque esses profissionais são detentores de habilidades específicas, e há uma grande parcela deles que ganha à vida com a renda originária do trabalho. Dê a eles o respeito e admiração que lhes é devido.

Há todo um contexto histórico que favorece esse cenário de desvalorização sobre o trabalho e sobre a figura do artesão ao longo dos anos, e o processo de automatização das máquinas é um dos pontos mais relevantes, aliado a cultura da população (não inteiramente, é claro) em relação a valores deturpados por uma espécie de “lavagem cerebral” feita pelo trabalho de marketing de grandes empresas (que continua sendo umas principais ferramentas mais massivas nos cenários que desfavorecem o trabalho artesanal). Se isso vai mudar um dia ninguém sabe, mas hoje, tudo é “obscuro”.