The pressure of the capitalist system on the movie market.

There was a time when the Seventh Art was seen as something more artistic than monetary. The world has changed, and so have its priorities. While art remains extremely necessary for the development of any society, it's notable that, at least within the movie industry, what ultimately prevails is a monetary figure that is "fixed" to each new production released (especially in the American market).
The way movies are conceptualized today is different, and amid so many changes that have occurred over the years, money has brutally overshadowed the essence of this art (to the point of giving its admirers the clear certainty that capitalism is helping to "kill" this artistic expression to some extent). Like any other market, cinema is something that needs to generate financial profits, but to what extent is this valid?
I know that my thorough perspective as a cinephile is (possibly) very different from that of an investor focused solely on the financial side, but that doesn't change the fact that the movie industry has been "swallowed" by a distorted vision where the artistic essence seems to have already been relegated to the past. Ironically, contemporary cinema has yet to find its voice and still relies heavily on what was achieved in previous decades to find good ways to continue existing.
The numbers speak for themselves and dictate how the movie market (always with a particular emphasis on the United States, as it is the movie market with the most available firepower) should behave. If a movie is highly profitable, even if it doesn't have any sequels planned, it's highly likely that it will be renewed. If a movie is truly good but doesn't generate significant box office results, it will be considered a "failure".
This is a kind of view that I feel ashamed of as a cinephile, and I particularly hate it for the same reason. Today, I can't see the cinema we have leaving the same legacy as the 60s, 70s, 80s, and even (to some extent) the 90s. This is very sad, especially since the values appreciated by a large majority within the industry are capitalist politics and money. Fortunately, there is always resistance.
Hubo una época en que el Séptimo Arte se consideraba algo más artístico que monetario. El mundo ha cambiado, y con él sus prioridades. Si bien el arte sigue siendo fundamental para el desarrollo de cualquier sociedad, cabe destacar que, al menos dentro de la industria cinematográfica, lo que prevalece es una cifra monetaria fijada para cada nueva producción (especialmente en el mercado estadounidense).
La forma en que se conceptualizan las películas hoy en día es diferente, y entre tantos cambios ocurridos a lo largo de los años, el dinero ha eclipsado brutalmente la esencia de este arte (hasta el punto de dar a sus admiradores la clara certeza de que el capitalismo está contribuyendo, en cierta medida, a la "eliminación" de esta expresión artística). Como cualquier otro mercado, el cine necesita generar beneficios económicos, pero ¿hasta qué punto es esto válido?
Sé que mi perspectiva rigurosa como cinéfilo es (posiblemente) muy diferente a la de un inversor centrado únicamente en el aspecto financiero, pero eso no cambia el hecho de que la industria cinematográfica ha sido absorbida por una visión distorsionada donde la esencia artística parece haber quedado relegada al pasado. Irónicamente, el cine contemporáneo aún no ha encontrado su voz y aún depende en gran medida de lo logrado en décadas anteriores para encontrar buenas maneras de seguir existiendo.
Las cifras hablan por sí solas y dictan cómo debe comportarse el mercado cinematográfico (siempre con especial énfasis en Estados Unidos, por ser el mercado con mayor potencial disponible). Si una película es muy rentable, incluso si no tiene secuelas planeadas, es muy probable que se renueve. Si una película es realmente buena pero no genera resultados de taquilla significativos, se considerará un “fracasso”.
Esta es una visión que me avergüenza como cinéfilo, y la detesto especialmente por la misma razón. Hoy en día, no veo que el cine actual deje el mismo legado que el de los años 60, 70, 80 e incluso (en cierta medida) el de los 90. Es muy triste, sobre todo porque los valores que aprecia la gran mayoría en la industria son la política capitalista y el dinero. Por suerte, siempre hay resistencia.
Já houve um tempo em que a Sétima Arte era vista como algo mais artístico do que monetário. O mundo mudou, e as prioridades do mesmo também. Embora a arte continue sendo algo extremamente necessário para o desenvolvimento de qualquer sociedade, é notável que, ao menos dentro da indústria cinematográfica, o que acaba prevalecendo é uma cifra monetária que está “fixada” a cada nova produção que é lançada (especialmente dentro do mercado americano).
O modo como os filmes são idealizados atualmente é diferente, e no meio de tantas mudanças que foram acontecendo ao longo dos anos, o dinheiro foi sendo sobreposto a essência dessa arte de uma maneira brutal (a ponto de trazer aos seus apreciadores a nítida certeza de que o capitalismo está ajudando a “matar” um pouco essa manifestação artística). Assim como qualquer outro mercado, o cinema é algo que precisa trazer lucros financeiros, mas até onde isso é válido?
Eu sei que meu completo olhar de cinéfilo é (possivelmente) muito diferente de um investidor focado apenas na parte financeira, mas isso não muda o fato de que a indústria cinematográfica foi “engolida” por uma visão deturpada onde a essência artística parece já ter ficado no passado. Não ironicamente, o cinema atual ainda não encontrou à sua voz, e ainda depende muito do que já foi feito em décadas anteriores para encontrar boas maneiras de continuar existindo.
Os números falam por si só, e ditam como o mercado cinematográfico (sempre com um destaque estadunidense, por ser o mercado cinematográfico com mais poder de fogo disponível) deve agir. Se um filme é muito rentável, ainda que não tenha nenhuma sequência programada, é altamente provável que haja uma extensão do mesmo. Se um filme for realmente bom, mas não trouxer resultados expressivos em termos de bilheterias, ele será considerado um “fracasso”.
Esse é um tipo de visão da qual eu sinto vergonha enquanto cinéfilo, e particularmente odeio pela mesma razão. Hoje eu não consigo enxergar o cinema que nós temos deixando o mesmo legado que foi deixado nas décadas de 60, 70, 80 e até mesmo (até certo ponto) a década de 90. Isso é muito triste, principalmente porque os valores que são apreciados por uma grande maioria dentro da indústria são a política capitalista e o dinheiro. Felizmente, sempre existe resistência.
Posted Using INLEO
Exactamente. Has tocado un punto crucial sobre la evolución —o quizá la tensión constante— entre el arte y el comercio en el cine. Antes, el Séptimo Arte se veneraba como un lenguaje de experimentación, provocación y belleza pura (piensa en el neorrealismo italiano, la Nouvelle Vague o incluso el cine de autor de los 70). Hoy, aunque sigue existiendo cine artístico y audaz, la maquinaria hollywoodense prioriza franquicias, algoritmos de streaming y retornos de inversión.
Pero no todo es pesimismo: el arte resiste. La clave está en el equilibrio: que el cine comercial financie, en parte, al cine que desafía.
El arte y el dinero pueden coexistir, pero requiere conciencia —y valentía— de todos: creadores, estudios y espectadores.
(Por cierto, ¡qué bien escribes sobre cine! Se nota la pasión).
Saludos cordiales desde Cuba✍️