The "empire of begging”.

The other day I was watching a news report about the high number of homeless people in Brazil. Unfortunately, the numbers are alarming (with no projection of a decrease in these numbers in the coming years). In this context, many of them end up resorting to a "job" that is very common among those who, for various reasons, end up having to (survive) living on the streets: begging. The big issue is not resorting to this act, but rather, remaining stuck in it by choice.

For many years I thought that no one chose to live in poverty on their own, but as I saw what this reality was like and matured as a human being, my thoughts changed based on what I witnessed on the streets and on the news that was broadcast about this specific group. Many of them are in this position simply because they can earn more money begging than they can in formal employment. Looking at this situation more closely, considering the number of inhabitants in Brazil, this is something very frightening.

When I realized this, I began to see this attitude in a different light. I don't judge everyone who resorts to this type of "work" (somewhat degrading) to earn money, but it is almost immoral that many of these people do not seek formal work to support themselves within such a sad and worrying spectrum in the short, medium and long term, just because they can "earn" more money (but they lose so many other things, and in this scenario, even when they are still aware of this... they continue to act like this for convenience).

Drawing a more "controversial" parallel, here in Brazil there are several types of aid for the poorest families. Not ironically, I am making a "direct connection" with this text because many of these families choose to be in the position of "beggars" because they can "earn" more from the government itself than if they chose to have a formal job. Adding together all the types of existing aid offered by the government, the amount is significant.

Obviously, generalizing to these two audiences would be a gross mistake on my part (after all, many of these people do not choose to be in this position... and when they find an opportunity to escape this destructive spectrum, they think about having a better future and are able to rebuild their own lives), but it is impressive to see how money (from another perspective) can distort the minds and behavior of millions of people without as much education or those people who think they are “smarter” because they do not have to work following company rules.

Some even consider themselves “professional beggars” because they learn tactics on how to deal with different types of people. In addition, they also know where to ask for the money they want, opting for places with large flows of people, thus increasing their chances of “profit”. Those who act like this end up harming those who really do not have better opportunities within the same reality, thus creating a new “poverty class”.

El otro día estaba viendo un reportaje en las noticias sobre el elevado número de personas sin hogar en Brasil. Desafortunadamente, las tasas son alarmantes (sin proyecciones de una caída de estas cifras en los próximos años). En este entorno, muchos de ellos acaban recurriendo a un “trabajo” muy común entre quienes, por diferentes motivos, acaban teniendo que (sobre)vivir en la calle: la mendicidad. La gran pregunta no es si recurrir a este acto, sino si permanecer apegados a él por elección.

Durante muchos años pensé que nadie escogía vivir en la pobreza por sí solo, pero a medida que vi cómo era esta realidad y maduré como ser humano, mis pensamientos cambiaron en función de lo que presencié en las calles y en las noticias que se transmitían sobre este grupo específico. Muchos de ellos están en esa situación simplemente porque pueden ganar más dinero mendigando que en un empleo formal. Mirando más de cerca la situación, considerando el número de habitantes que tiene Brasil, es algo muy aterrador.

Cuando me di cuenta deesto, comencé a ver esta actitud bajo una luz diferente. No juzgo a todos los que recurren a este tipo de "trabajos" (un tanto denigrantes) para ganar dinero, pero sí es inmoral que muchas de estas personas no busquen trabajo formal para sostenerse dentro de tan triste y preocupante espectro a corto, mediano y largo plazo sólo porque pueden "ganar" más dinero (pero pierden tantas otras cosas, y dentro de este escenario, aun siendo conscientes de ello... siguen actuando así por conveniencia).

Haciendo un paralelo más “controvertido”, aquí en Brasil hay varios tipos de ayuda para las familias más pobres. No es irónico que haga una “conexión directa” con este texto porque muchas de estas familias eligen estar en la posición de “mendigos” porque pueden “ganar” más del propio gobierno que si eligieran tener un trabajo formal. Sumando todos los tipos de ayudas existentes que ofrece el gobierno, la cantidad es significativa.

Obviamente, generalizar a estos dos públicos sería un craso error de mi parte (después de todo, muchas de estas personas no eligen estar en esta posición… y cuando encuentran una oportunidad de escapar de este espectro destructivo, piensan en tener un futuro mejor y son capaces de reconstruir sus propias vidas), pero es impresionante ver cómo el dinero (desde otra perspectiva) puede distorsionar la mente y el comportamiento de millones de personas sin tanta educación o de aquellas personas que se creen “más inteligentes” porque no tienen que trabajar siguiendo las reglas de la empresa.

Hay quienes incluso se consideran “mendigos profesionales”, porque aprenden tácticas sobre cómo actuar con diferentes tipos de públicos. Además, también saben dónde pedir el dinero que quieren, optando por lugares con gran flujo de gente, aumentando así sus posibilidades de “ganancias”. Quienes así actúan terminan perjudicando a quienes realmente no tienen mejores oportunidades dentro de la misma realidad, creando así una nueva “clase pobre”.

Outro dia eu estava assistindo a uma reportagem no noticiário sobre a alta quantidade de moradores de rua no Brasil. Infelizmente, os índices são alarmantes (sem uma projeção de queda nesses números nos próximos anos). Nesse meio, muitos deles acabam recorrendo a um “trabalho” muito comum entre quem, por diferentes razões, acabam tendo que (sobre)viver nas ruas: mendigar. A grande questão não é recorrer a este ato, mas sim, se manter preso a ele por escolha.

Por muitos anos eu achei que ninguém escolhia viver na pobreza por conta própria, mas à medida em que eu fui vendo como era essa realidade e amadurecendo enquanto ser humano, os meus pensamentos foram mudando com base no que eu ia presenciando nas ruas, e nas notícias que eram veiculadas sobre esse público específico. Muitos deles estão nesta posição porque simplesmente conseguem ganhar mais dinheiro mendigando, do que trabalhando formalmente. Olhando essa situação mais de perto, considerando a quantidade de habitantes no Brasil, isso é algo muito assustador.

Quando eu me dei conta disso, eu comecei a enxergar essa atitude com outros olhos. Não julgo a todos que recorrem a esse tipo de “trabalho” (de certa forma degradante) para conseguir dinheiro, mas chega a ser imoral o fato de muitas dessas pessoas não procurarem trabalho formal para se manterem dentro de um espectro tão triste e preocupante de curto, médio e longo prazo apenas porque elas conseguem “ganhar” mais dinheiro (mas perdem tantas outras coisas, e dentro deste cenário, mesmo quando ainda tem consciência disso... continuam agindo assim por uma comodidade).

Traçando um paralelo mais “controverso”, aqui no Brasil existem diversos tipos de auxílios para as famílias mais pobres. Não ironicamente, estou fazendo uma “conexão direta” com este texto porque muitas dessas famílias escolhem estar na posição de “mendigos” porque elas conseguem “ganhar” mais do próprio governo do que se optassem por ter um emprego formal. Juntando todos os tipos de auxílios existentes que são oferecidos pelo governo, a quantia é relevante.

Obviamente que generalizar a esses dois públicos seria um erro grotesco da minha parte (afinal, muitas dessas pessoas não escolhem estar nessa posição... e quando encontram uma oportunidade de sair desse espectro destrutivo, pensam em ter um futuro melhor e conseguem reconstruir às suas próprias vidas), mas é impressionante ver como o dinheiro (dentro de uma outra ótica) consegue deturpar a mente e o comportamento de milhões de pessoas sem tanto grau de instrução ou aquelas pessoas que se acham mais “espertas” por não terem que trabalhar seguindo regras de empresas.

Há quem se considere até “mendigo profissional”, porque eles aprendem táticas sobre como agir com diferentes tipos de públicos. Além disso, eles também sabem onde pedir o dinheiro que eles querem, optando pelos locais com grandes fluxos de pessoas, aumentando assim as suas chances de “lucros”. Quem age assim, acaba prejudicando aqueles que realmente não tem melhores oportunidades dentro da mesma realidade, criando assim, uma nova “classe de pobreza”.