Passepartout, large case and michelim | Passepartout, pasta grande e michelim [EN/PT]
Even now that I'm back to drawing digitally, I always remember the times I used pencil, brush, ink, and paper. Whether it was my childhood with colored markers and gouache, or my early professional career with India ink, Schoeller paper, etc.
Before starting my internship after graduating from college (which inspired the drawing in the post The Master's Crooked Finger (and Cat's Eye)), I had an early experience at an advertising agency in Santo André city, invited by the owner, an acquaintance of my father's. I suspect it was in exchange from favors, a bargain, perhaps some borrowed money, usual among "compatriots" of Japanese descent in Brazil.
There, while still in technical high school for advertising, in addition to all the drawing and painting equipment, I heard and saw for the first time the passepartout, the big leather case, and the michelim or mixilim eraser. These items served as inspiration for today's art in Challenge: Drawing (almost) every day on iPad.
The passepartout was the finishing touch for artwork and layouts that would be presented to clients for evaluation. It usually had a white frame, a thick kraft paper base, and a translucent silky paper protection, sometimes also a transparent acrylic film, and above all, a colored paper cover with the agency's logo sticker.
The leather case, large enough to hold at least a double-page spread of a magazine or even a newspaper, was also used. And the michelin, a rustic eraser made by hand with pieces of dried benzene glue, which could erase pencil lead and remove any dirt and excess glue used to adhere layers of paper or photographic prints of letters and drawings.
I don't remember exactly, but I think I was a trainee for almost a year at that agency, serving clients in the local market known by the automakers industry, the largest of which was the Japanese multinational Yanmar. Learning about these and other tools ended up serving as a preview, a preparation for what I would encounter after college at larger agencies.
This early trainee experience also gave rise to a certain atmosphere of false superiority toward my classmates and teachers at school. Being the only one who knew how to make and use a michelin, which to mere mortals seemed like just a snot, may have been a source of unnecessary and even harmful arrogance, who knows.
Many thanks! Keep safe and good luck again!!
[VERSÃO EM PORTUGUÊS]
Mesmo voltando a desenhar de forma digital, sempre me vem a memória os tempos que usava lápis, pincel, tinta e papel. Seja na infância com canetinhas coloridas e guache, seja no início do trabalho profissional com canetas nanquim, papel Schoeller, etc.
Antes de começar o estágio depois de formado na faculdade (que inspirou o desenho do post O dedo torto (e olho de gato) do mestre), tive uma experiência precoce em uma agência de propaganda em Santo André, convidado pelo dono, conhecido de meu pai. Suspeito que tenha sido uma troca de favores, algum dinheiro emprestado talvez, costume entre os patrícios, descendentes de japoneses.
Ali, enquanto ainda estava no colegial técnico de publicidade (hoje seria chamado de ensino médio profissionalizante), além de todos os apetrechos de desenho e pintura, ouvi e vi pela primeira vez o passepartout (fala-se passpáhtú), a pasta de couro grande e o michelim ou mixilim. Itens que serviram de inspiração pra arte de hj no Desafio: Desenhando (quase) todo dia no iPad.
Passepartout era o acabamento das artes e leiautes que seriam mostrados pros clientes avaliarem. Moldura geralmente branca, base de papel kraft grosso e proteção com papel manteiga ou de seda translúcido, as vezes tb folha de acrílico transparente, e sobre tudo uma capa com papel colorido com adesivo da agência.
A pasta de couro, bem grande para caber no mínimo uma página dupla de revista ou até mesmo de jornal. E o michelim, uma borracha rústica feita manualmente com pedaços de cola de benzina seca, que conseguia apagar o grafite do lápis e grudar eventuais sujeiras e excesso da cola usada para grudar camadas de papel ou letras e desenhos em ampliações fotográficas.
Não me lembro ao certo mas acho que estagiei por quase um ano naquela agência, atendendo clientes do ABC, o maior era a multinacional japonesa Yanmar. Conhecer a rotina com estas e outras ferramentas acabou servindo como uma prévia, um preparativo para o que iria encontrar depois da faculdade em agências maiores.
Este estágio precoce tb era motivo de um certo ar de falsa superioridade diante dos meus colegas e professores do colégio. Ser o único que sabia fazer e usar um michelim, que para os reles mortais parecia apenas meleca de nariz, pode ter sido motivo de arrogância desnecessária e até prejudicial, quem sabe.
Valeu! Saúde, sucesso e boa sorte mais uma vez!!
PS: Para acessar os posts e ilustrações já publicados e eventuais publicações futuras no Desafio, criei a pg https://bit.ly/desenhandonoipad dentro daquele projeto comentado anteriormente em Cérebro Aberto, anotações e links compartilhados de forma aberta e colaborativa em web 3.
Posted Using INLEO
Obrigado por promover a comunidade Hive-BR em suas postagens.
Vamos seguir fortalecendo a Hive