A future with zero-fare electric buses (or trams) | Um futuro com ônibus elétricos (ou bondes) com tarifa zero [EN/PT]

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(Edited)

Some time ago, I visited São Caetano, a neighboring city of São Paulo, where I live, which has adopted zero fares on local buses. Here in São Paulo, zero fares are also available but only on Sundays, and in São Caetano, buses are free every day.

Across Brazil, 138 cities have adopted the same solution, a number closely monitored by the Programa Tarifa Zero on Instagram. Some time ago, when I visited the US, I also rode buses, cable cars, and monorails free of charge in New York City (inside Roosevelt Island), downtown Miami, and Alexandria near Washington, D.C.

Long ago, free transportation was a cause of student and activist movements, which founded the Movimento Passe Livre (Free Fare Movement). At the time, the protests were controversial, and no one believed it would be viable. Today, it's a reality, and I believe its expansion to everyone can happen quickly.

Besides the economic aspect, a change that zero fares bring compared to the current model is the ease of transfers and use for multiple short trips. This further encourages the adoption of the urban concept known as "shared space", where pedestrians, cyclists, buses (or trams), cars, and other modes of transportation share the same space and streets.

It may seem dangerous, but this already happens on some streets in São Paulo. There's Avanhandava Street in downtown, purposefully paved with bricks and level with the sidewalk, and even Galvão Bueno Street in Liberdade, a neighborhood I mentioned in the post Idea of ​​a cable-stayed Mount Fuji in Liberdade, with green painted lanes on the asphalt for pedestrians to walk alongside cars, which cannot travel at speed due to the constant heavy traffic.

These "shared spaces" were inspired by the 19th-century model, before the dominance of the automobile. In photos and films from that era, we see how pedestrians, horses, cars, and trams travel peacefully alongside each other, even with passengers boarding and disembarking from the vehicles while they are still moving.

This reality could return, and the design of our buses would need to adapt better to incorporate this new way of using them. Larger doors that can stay open longer at low speeds, lower floors, spaces that allow for boarding and disembarking on the move, shorter, more frequent, and complementary circular routes, etc. So, today's art for Challenge: Drawing (almost) every day on iPad is an exercise on this scenario.

Furthermore, the transition to electric motors makes vehicles and streets quieter and cleaner. I once read on X (formerly Twitter) a testimony from a Brazilian visiting Beijing, who was shocked by how quiet the city was even with traffic jams and streets packed with cars, motorcycles, and buses. If things really go this way, that would change everything also.

Many thanks! Keep safe and good luck again!!


[VERSÃO EM PORTUGUÊS]

Tempos atrás visitei São Caetano, um município vizinho de São Paulo onde moro, que adotou a tarifa zero nos ônibus locais. Aqui em São Paulo a tarifa zero funciona aos domingos, na cidado da região do ABC todo dia tem ônibus grátis.

Pelo Brasil são 138 cidades que adotaram a mesma solução, número acompanhado de perto pelo Programa Tarifa Zero no Instagram. Faz tempo qdo visitei os EUA, em Nova York (dentro de Roosevet Island), no centro de Miami e em Alexandria perto de Washington DC, também usei ônibus, bondinho e monotrilho sem pagar nada.

Tempos atrás a gratuidade no transporte era uma causa dos movimentos estudantis e ativistas, que fundaram o Movimento Passe Livre. Naquela época os protestos eram polêmicos e ninguém acreditava que seria viável, hoje é uma realidade e acredito agora que sua expansão para todos pode acontecer de forma acelerada.

Além da parte econômica, uma mudança que a tarifa zero traz em relação ao modelo atual é a facilidade de baldeações e o uso para múltiplos trajetos curtos. Um estímulo a mais pra adoção do conceito urbanístico conhecido como "shared space" ou "espaço compartilhado", onde pedestres, ciclistas, ónibus (ou bondes), carros e demais meios de transportes compartilham o mesmo espaço e ruas.

Pode parecer perigoso mas isso já acontece em algumas ruas de São Paulo, tem a Rua Avanhandava no centro, propositadamente pavimentada com tijolos e no mesmo nível da calçada, até a Rua Galvão Bueno na Liberdade, bairro que mencionei no post Ideia de um Monte Fuji estaiado na Liberdade, com faixas pintadas de verde no asfalto, para pedestres caminharem ao lado dos carros, que não conseguem trafegar em velocidade devido ao trânsito sempre intenso.

O "shared spaces" foi inspirado no modelo do século XIX, antes do domínio do automóvel. Em fotos e filmes daquela época vemos como os pedestres, carroças, carros e bondes trafegam tranquilamente um ao lado do outro, inclusive com passageiros subindo e descendo dos veículos ainda em movimento.

Essa realidade pode voltar e o design dos nossos ônibus precisariam se adaptar melhor, incorporando este novo jeito de usar. Portas maiores que podem ficar mais tempo abertas em baixa velocidade, piso mais baixo, espaços que permitiriam embarcar e desembarcar em movimento, linhas circulares mais curtas, frequêntes e complementares, etc. Assim, a arte de hoje do Desafio: Desenhando (quase) todo dia no iPad é um exercício sobre este cenário.

Além disso a migração para motores elétricos tornam os veículos e as ruas mais silenciosas e limpas. Uma vez li no X (ex-Twitter) o depoimento de um brasileiro em visita à Pequim, assustado com o silêncio da cidade mesmo com congestionamento e as ruas apinhadas de carros, motos e ônibus. Se for desse jeito mesmo isso também muda tudo.

Valeu! Saúde, sucesso e boa sorte mais uma vez!!

PS: Para acessar os posts e ilustrações já publicados e eventuais publicações futuras no Desafio, criei a pg https://bit.ly/desenhandonoipad dentro daquele projeto que comentei aqui em Cérebro Aberto, anotações e links compartilhados de forma aberta e colaborativa em web 3.

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