PSDB migrates to PSD and closes the party's doors?

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[EN]

The Brazilian political scenario after the 2024 municipal elections is full of speculation, after all, the race for the 2026 presidential elections has already begun. The game of party musical chairs is in the spotlight again and one movement in particular is drawing attention: the migration of important figures from the PSDB to the PSD. The most recent, and perhaps most emblematic, is that of the governor of Pernambuco, Raquel Lyra, who left the PSDB nest for the party of Gilberto Kassab (the most successful politician in 2024). Could this be the harbinger of the end of the PSDB? The question, although premature, hangs in the air, and the answer, like almost everything in politics, is complex and full of nuances. So follow me because I have a few things to say about it.

Remember that I decided to talk more seriously about politics here for a few reasons, which are:

  • Few people talk about politics on Hive, either because they are afraid of taking sides or because it is a topic that does not attract many votes and connections.

  • I have been working professionally in politics for 6 years, but I can say that I have been involved in it for 14 years, since I started working as an amateur in 2010.

  • I avoid expressing my personal opinion when it comes to topics that may be more heated or that have an ideological fan base.

Back to the topic of the post:

Lyra's departure is not an isolated case. In 2024, the PSD consolidated itself as a true magnet for mayors and political leaders who were previously affiliated with other parties, including the PSDB itself. Data from 2020 shows that the PSD won 657 mayoralties, many of them from traditional PSDB, PMDB and PSB strongholds. This constant growth puts the PSD in a privileged position on the national political scene, while the PSDB seems to shrink with each new election.

The centrists took the top 4 positions in the Top 5 in terms of the number of mayoralties in 2024: PSD (887), MDB (853), PP (747), União Brasil (583). In fifth place came the PL (516), pulling voters from the right with the support of former president Bolsonaro.

And why this mass migration to the PSD? Kassab, with his well-known political skills, built a party that presents itself as a safe haven in the turbulent sea of ​​Brazilian politics. In the center of the political spectrum, the PSD benefits from polarization, attracting those who seek a more moderate and pragmatic path. In addition, its proximity to the Lula government gives the party access to resources and influence. In other words, it attracts voters who do not want trouble, and it also gets the funds from the left that is currently in the federal government, so we can say that it wins over voters who do not like the left, using the money from the left.

For the PSDB, the situation is delicate. The party, which was once a protagonist in national politics through the figure of former president Fernando Henrique Cardoso and with Dória as mayor and governor of São Paulo, is now struggling to find its place in a scenario dominated by polarization and the growth of the "centrão". The loss of important figures, such as Lyra, further aggravates the PSDB's identity crisis. Even the poor choice of putting the presenter Datena to run for mayor of São Paulo in 2024 instead of putting a vice on some ticket, thus obtaining only 112,344 votes for the executive position, far from the 1,754,013 votes that the late Bruno Covas obtained in 2020 running for the same party.

The image below from the Ranking of Politicians shows the political scenario that will begin in 2025, showing that 52% of the Brazilian population will be governed by centrist mayors. This data, in itself, says a lot about the strength of the PSD and the challenge that the PSDB faces. Currently, the PSDB does not have an identity, because its greatest asset in the 21st century was to oppose the PT, thus positioning itself as a right-wing party, and then opposing Bolsonarism and positioning itself as a center-left party, and finally wanting to choose a side without being able to define its own personality, thus also losing the support of the center.

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I would not be surprised if for the 2026 election or at the latest for 2028 the party were to merge with the PSD itself, but without changing its name and being 'swallowed up' by it.

The final decision, as always, is up to the party members themselves. The future of the PSDB is uncertain, but one thing is clear: inertia and the lack of a consistent political project can lead to irrelevance and, ultimately, disappearance. The migration to the PSD is a symptom of a larger problem, and the answer to this problem needs to be found within the PSDB nest itself.

The PSDB is not a cannibalistic animal that will devour each other internally until the party is gone. However, the increasingly weak nest could be devoured by the centrão because it only has old or young toucans who have never faced a war. The future will tell and it won't be long before we have this answer, I risk (now my personal opinion) a maximum time of 4 years for the merger or ostracism.


[PT-BR]

O cenário político brasileiro pós-eleições municipais de 2024 está cheio de especulações, afinal, já começou a corrida para as eleições presidenciais de 2026. A dança das cadeiras partidárias está nos holofotes novamente e um movimento em particular chama a atenção: a migração de figuras importantes do PSDB para o PSD. A mais recente, e talvez mais emblemática, é a da governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, que trocou o ninho tucano pelo partido de Gilberto Kassab (o político mais vitorioso em 2024). Seria este o prenúncio do fim do PSDB? A pergunta, ainda que prematura, paira no ar, e a resposta, como quase tudo na política, é complexa e cheia de nuances. Então me acompanha que eu tenho algumas coisinhas a dizer sobre.

Lembrando que decidi voltar a falar mais sério sobre política aqui por alguns motivos que são:

  • Poucas pessoas falam sobre política na Hive, seja por medo de tomar um lado ou por ser um tema que não atrai tanto votos e conexões.
  • Eu trabalho profissionalmente com política fazem 6 anos, mas podemos colocar que me envolvo com ela 14 anos pois comecei a trabalhar de forma amadora em 2010.
  • Eu evito trazer minha opinião pessoal quando são assuntos que possam estar mais quentes ou que possuem uma base de fãs ideológica.

Voltando ao tema da publicação:

A saída de Lyra não é um caso isolado. Em 2024 o PSD se consolidou como um verdadeiro ímã de prefeitos e lideranças políticas antes filiadas a outros partidos, incluindo o próprio PSDB. Dados de 2020 mostram que o PSD conquistou 657 prefeituras, muitas delas vindas de redutos tradicionalmente tucanos, peemedebistas e pessebistas. Esse crescimento constante coloca o PSD em uma posição privilegiada no tabuleiro político nacional, enquanto o PSDB parece encolher a cada nova eleição.

O centrão ficou com as 4 primeiras posições do Top5 no número de prefeituras em 2024: PSD (887), MDB (853), PP (747), União Brasil (583). Em quinto lugar veio o PL (516) puxando o eleitor da direita com o apoio do ex-presidente Bolsonaro.

E por que essa migração em massa para o PSD? Kassab, com sua conhecida habilidade política, construiu um partido que se apresenta como um porto seguro no turbulento mar da política brasileira. No centro do espectro político, o PSD se beneficia da polarização, atraindo aqueles que buscam um caminho mais moderado e pragmático. Além disso, a proximidade com o governo Lula confere ao partido acesso a recursos e influência. Ou seja, ele atrai o eleitor que não quer confusão, e ainda consegue a verba da esquerda que atualmente está no governo federal, dessa forma podemos afirmar que conquista o eleitor que não gosta da esquerda, usando o dinheiro da esquerda.

Para o PSDB, a situação é delicada. O partido, que já foi protagonista na política nacional através da figura do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e com Dória sendo prefeito e governador de São Paulo, hoje luta para encontrar seu lugar em um cenário dominado pela polarização e pelo crescimento do "centrão". A perda de quadros importantes, como Lyra, agrava ainda mais a crise de identidade tucana. Até mesmo a péssima escolha de colocar o apresentador Datena para concorrer a prefeitura de São Paulo em 2024 ao invés de colocar um vice em alguma chapa, dessa forma obtendo apenas 112.344 votos para o cargo do executivo, bem longe dos 1.754.013 votos que o falecido Bruno Covas obteve em 2020 concorrendo pelo mesmo partido.

A imagem abaixo do Ranking dos Políticos mostra o cenário político que começara em 2025, mostrando que 52% da população brasileira será governada por prefeitos de centro. Esse dado, por si só, já diz muito sobre a força do PSD e o desafio que o PSDB enfrenta. Atualmente o PSDB não possui uma identidade, pois seu maior trunfo no século XXI foi ser oposição ao PT dessa forma sendo colocado como um partido de direita, e depois se opondo ao Bolsonarismo e se colocando como um partido de centro-esquerda, e por fim querendo escolher um lado sem conseguir definir sua própria personalidade, com isso perdendo também o apoio do centro.

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Não me estranharia se para a eleição de 2026 ou no mais tardar para 2028 o partido fazer uma fusão o próprio PSD, mas sem alterar o nome e ser 'engolido' por ele.

A decisão final, como sempre, cabe aos próprios membros do partido. O futuro do PSDB é incerto, mas uma coisa é clara: a inércia e a falta de um projeto político consistente podem levar à irrelevância e, em última instância, ao desaparecimento. A migração para o PSD é um sintoma de um problema maior, e a resposta para esse problema precisa ser encontrada dentro do próprio ninho tucano.

Tucano não é um animal canibal em que irão se devorar internamente até o partido acabar. Porém o ninho cada dia mais fraco pode ser devorado pelo centrão por ter apenas tucanos velhos ou novos demais que nunca enfrentaram uma guerra. O futuro dirá e não demorará muito para termos essa resposta, arrisco (agora minha opinião pessoal) um tempo máximo de 4 anos para a fusão ou ostracismo.



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