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[EN]

Hello friends, let's start this week with a good reflection that we should all think about.
I can say that I've felt people look at me sideways because of my appearance, especially when I was younger, I was more rebellious, wearing long hair, baggy clothes, and skirts that were outside of what people considered normal. But I was happy like that, and I'm proud of that phase I went through as a teenager. The way I dress, my hair, my face, which sometimes looks serious. They barely say hello and they're already jumping to conclusions. This always happens, and it happens because people create images of perfection and anything that falls outside their parameters, they immediately point the finger.

It's happened to me in a store, and I immediately felt eyes on me, as if I were going to do something wrong, especially when I was a teenager. Someone wouldn't let go of me, or the employee would follow me through the security corridors, all because of my face or my clothes. And they hadn't even exchanged a word with me, because they'd immediately made a wrong judgment about me.

At first, I admit that these things affected me. It made me doubt myself; sometimes I questioned why. I even thought that maybe the problem was mine, and that I had to change, so I still tried to change, dress more normally, smile more, try to appear more friendly, even though I was always a good person. But none of this changed what people saw, because often the image was already created in their minds. They continued to judge, look askance, treat me as if they already knew who I was. They didn't see the real me, they only saw the outside, not the inside.

Time passed, and I realized that the problem isn't with me. It's with those who only know how to look at the outside because people have this habit of labeling everything—whether you have a tattoo, are a badass, dress differently, are strange, are quiet, are unfriendly. And they don't bother to get to know you first, because people really don't want to get to know you; it's sometimes easier to criticize.

I've often told myself that I'm much more than meets the eye. I'm a normal person with stories, I have feelings, I have struggles no one can imagine, and I'm a normal human being. And I know there are many people who go through the same thing, and that often leads them to make very inappropriate decisions because they can't handle the pressure from society, because being judged by appearance is hard and really hurts. Even when we try to pretend it doesn't affect us, the truth is, it hurts, because we have feelings, we're human.

Nowadays, I can say that I no longer strive to please. Anyone who wants to truly know me should approach me with respect and they'll see the person I truly am, but to do so, they have to give me the opportunity to get to know myself. Anyone who wants to make a first impression should go ahead. I no longer waste time trying to prove anything, because I know my worth and I know myself as a person, with my virtues and flaws.

But the truth is, sometimes it still hurts, and when something happens, it feels like I'm reliving the past. I still feel it when I'm treated differently, I still notice the stares, the judgments, but now I move forward, hold my head high, and continue on my path, knowing that it's not the opinions of others that define me.

I always try to pass these examples on to my children whenever possible, setting them as examples so that one day they can be the best people in life and understand that we are all different, but that we all have a place in this world. No one is superior to another, we are just different, and that's so good.

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[PT]

Olá amigos, vamos começar mais esta semana com uma boa reflexão que devemos fazer pensar a todos.
Eu posso dizer que já senti que as pessoas me olham de lado por causa um pouco da aparência, principalmente quando era mais novo era mais rebelde usava cabelo grande, roupa larga e saia um fora do que as pessoas consideravam normais, mas era feliz assim e tenho orgulho dessa fase que passei na adolescência. A forma como me visto, o meu cabelo, a minha cara que às vezes parece séria. Mal dizem olá e já estão a tirar conclusões, isso acontece sempre e acontece porque as pessoas criam imagens da perfeição e tudo o que sai fora dos seus parâmetros apontam logo o dedo.

Já me aconteceu numa loja e senti logo os olhos em cima de mim, como se fosse fazer alguma coisa de errado, principalmente na minha adolescência. Um que não me largasse, a funcionária de me seguir pelos corredores de segurança, tudo por causa da minha cara ou da minha roupa. E nem sequer tinham trocado uma palavra comigo, isto porque fizeram logo nas suas mentes um juízo de valor errado sobre a minha pessoa.

No início, admito que estas coisas mexiam comigo. Fazia-me duvidar de mim, por vezes questionava-me o motivo. Cheguei a pensar que, se calhar, o problema era meu, e que eu tinha de mudar por isso ainda tentei mudar, vestir-me de maneira mais normal, sorrir mais, tentar parecer mais simpático, apesar de eu ser sempre uma boa pessoa. Mas nada disso mudou o que as pessoas viam, porque muitas das vezes a imagem já foi criada nas suas mentes elas continuavam a julgar, a olhar de lado, a tratar-me como se já soubessem quem eu era, não viam a pessoa que eu era realmente, só viam a parte exterior e não a parte interior.

O tempo foi passando e percebi que o problema não está em mim. Está em quem só sabe olhar por fora porque as pessoas têm esta mania de pôr rótulos em tudo se tens tatuagens, é malandro, se vestes de forma diferente, é estranho se é calado, é antipático. E não se dá ao trabalho de conhecer primeiro, porque realmente as pessoas não querem conhecer uma pessoa verdadeiramente, é mais fácil por vezes criticar.

Eu fiz muitas vezes para mim que sou muito mais do que aquilo que se vê, sou uma pessoa normal com as suas histórias, tenho sentimentos, tenho lutas que ninguém imagina e sou um ser humano normal. E sei que há muita gente que passa pelo mesmo e que muitas das vezes leva a tomar atitudes muito incorretas porque não aguentam essa pressão da sociedade, porque ser julgado pela aparência custa e dói mesmo. Mesmo quando tentamos fingir que não nos afeta, a verdade é que magoa, porque temos sentimentos, somos humanos.

Hoje em dia posso dizer que já não me esforço para agradar. Quem me quiser conhecer a sério, que venha com respeito e vai ver uma pessoa que realmente sou mas para isso tem de me dar a oportunidade de me dar a conhecer. Quem quiser ficar com a primeira impressão, força. Já não perco tempo a tentar provar nada, porque sei do meu valor sei uma pessoa que sou com as minhas virtudes e defeitos.

Mas a verdade é que, por vezes, ainda custa e quando algo acontece parece que estou a reviver um passado. Ainda sinto quando sou tratado de forma diferente, ainda reparo nos olhares, nos julgamentos, mas agora sigo em frente levanto a cabeça e continuo o meu caminho e sei que não é a opinião dos outros que me definem.

Tento sempre que possível passar estes exemplos aos meus filhos dando estes exemplos para que um dia eles possam ser as melhores pessoas nesta vida e entender que todos somos diferentes mas que todos temos lugar neste mundo e ninguém é superior ao outro apenas somos diferentes e isso é tão bom.