When choice becomes disease [EN/PT]

avatar

Addiction is one of the worst things in society, and it's not something exclusive to the modern era, it has existed for a long time, whether related to opium, gambling, or sexual acts. Addiction, in fact, is not just a prison in the form of dependence, but also a habit that destroys people's lives, their status, their health, and their future prospects. But ultimately: is addiction a disease or a choice?

In my opinion, addiction can be analyzed in two ways. Initially, when a person engages in an activity that hasn't yet become an addiction, but merely an act of pleasure, it's a choice. Perhaps, out of naiveté, the person doesn't realize they are entering a path from which there is often no return. Some manage to get out before sinking too deep; others only realize it too late, and at that point, I see it as a disease.

I speak for myself: I am addicted to cigarettes. Smoking has become one of my greatest enemies, an enemy I embrace every day that gives me a "kiss of death," destroying my health little by little. It's linked to habit, chemical and psychological dependence, and is perhaps one of the most difficult addictions to break. It's no wonder it's responsible for a large part of the deaths on the planet. But ironically, I know all this, I feel my health deteriorating, and yet I can't quit smoking. I've tried many things, taken medication, undergone treatments, participated in anti-smoking groups, and yet here I am, smoking every day. So, is this a choice or a disease?

The truth is, up to a certain point, yes, it's a choice, but then it becomes a disease. Addiction isn't something you just quit because you want to quit; it's not simple. Some manage to quit by choice, but that strength needs to be very strong, greater than simply "deciding" to quit. Think of it this way: "Sausage isn't good for your health." In this case, giving up sausage is a choice; after all, you're not addicted to its components, you simply stop and maybe you'll never want to eat it again. With cigarettes, for example, I've said many times that I wouldn't smoke anymore, and then, all I could think about was smoking.

Smoking is still something people can overcome with a lot of willpower and medical supervision; it's possible. But some other drugs, like cocaine, methamphetamine, and heroin, which have a much higher degree of dependence, are even more complicated. In that case, you can't say it's a choice. Many can't stand it anymore, they don't want it anymore, but they still can't stop, it's an illness.

I think we should look at it as an illness, because the way we view addiction determines how we will deal with it. I, honestly, don't know how to quit smoking without medical help and more intensive treatments, because it hasn't been a choice for me for a long time; it's the domination of nicotine in my body that has made me totally dependent on it.


Credits:

Translated: Deepl
Cover: created by Canva.


O vício é uma das piores coisas presentes na sociedade, e isso não é algo exclusivo da era moderna, mas existe desde muito tempo, seja relacionado ao ópio, aos jogos de azar ou aos atos sexuais. O vício, de fato, não é apenas uma prisão em forma de dependência, mas também um hábito que destrói a vida das pessoas, seu status, sua saúde e sua perspectiva de futuro. Mas afinal: vício é uma doença ou uma escolha?

Na minha opinião, o vício pode ser analisado de duas maneiras. Inicialmente, quando uma pessoa se envolve com uma atividade que ainda não se tornou um vício, mas apenas um ato de prazer, é uma escolha. Talvez, por ingenuidade, a pessoa não perceba que está entrando em um caminho que muitas vezes não tem volta. Alguns conseguem sair antes de se afundarem demais, outros só percebem tarde demais e, nesse ponto, eu vejo como uma doença.

Falo por mim: sou viciado em cigarro. O tabagismo se tornou um dos meus maiores inimigos, um inimigo que eu abraço todos os dias e que me dá um “beijo de morte”, destruindo minha saúde pouco a pouco. Ele está ligado ao hábito, à dependência química e psicológica, e talvez seja um dos vícios mais difíceis de eliminar. Não é à toa que é responsável por grande parte das mortes no planeta. Mas veja que irônico, eu sei de tudo isso, sinto minha saúde indo embora e, ainda assim, não consigo parar de fumar. Já tentei de várias formas, tomei remédios, fiz tratamentos, participei de grupos antitabagismo e, ainda assim, cá estou, fumando todos os dias. Então seria isso uma escolha ou uma doença?

A verdade é que, até certo momento, sim, é uma escolha mas depois se torna uma doença. O vício não é algo que se larga apenas porque se quer largar, não é simples. Alguns conseguem parar por escolha, mas essa força precisa ser muito grande, maior do que simplesmente “decidir” parar. Pense da seguinte forma: “Salsicha não faz bem para a saúde.” Nesse caso, deixar de comer salsicha é uma escolha, afinal, você não é viciado nos componentes que a compõem, você simplesmente para e talvez nunca mais sinta vontade de comer. Já com o cigarro, por exemplo, eu já disse várias vezes que não iria mais fumar e, logo depois, tudo o que eu conseguia pensar era em fumar.

O tabagismo ainda é algo do qual as pessoas podem se livrar com muita força de vontade e acompanhamento médico, é possível. Mas algumas outras drogas, como cocaína, metanfetamina e heroína, que possuem um grau de dependência muito maior, são ainda mais complicadas. Nesse caso, não dá para dizer que é uma escolha. Muitos não aguentam mais aquilo, não querem mais, mas ainda assim não conseguem parar, é uma doença.

Acho que devemos, sim, olhar para isso como uma doença, pois a forma como vemos o vício determina como iremos lidar com ele. Eu, sinceramente, não sei como largar o cigarro sem ajuda médica e tratamentos mais intensivos, pois já não é uma escolha para mim há muito tempo é a dominação da nicotina no meu organismo, que me tornou totalmente dependente dela.


Credits:

Translated: Deepl
Cover: created by Canva.




0
0
0.000
2 comments
avatar

Addiction is not just a bad habit or lack of willpower; it's a chronic brain disorder characterized by compulsive engagement in rewarding stimuli despite harmful consequences.

And another angle to look at is what would work for A might not work for B in terms of rehabilitation and counseling.

It really takes a lot to be free from the shacles to ADDICTION.Thanks for the update @michupa

0
0
0.000