Charity or vanity? [EN/PT]

Perhaps, in the world we live in, appearance has become one of people's greatest goals. They want to show what they do, to say they are good or that they help others, and this often has more to do with the desire to project a certain image than with the true intention of helping those who really need it. Unfortunately, adoption and other forms of charity have become a stage for opportunists to promote themselves, and in many cases, greedy people even take advantage of the pain of others and the goodwill of the naive, filling their pockets at the expense of the solidarity of those with good hearts.

It's easy to browse social media and come across some institution asking for help. Of course, social media is an efficient way to reach more people and, consequently, expand support; there's nothing wrong with that. But, as the world belongs to the cunning, many see this as an opportunity to extract money from others, pretending to be serious institutions. I've seen cases of scammers creating front organizations just to solicit donations, which they end up pocketing themselves, without any connection to the stated purpose.

Amidst so many scams, it's hard to believe that donated money truly serves a charitable purpose, and those who suffer are the reputable institutions and the people who genuinely need resources. In this opportunistic scenario, how can you know if your donation will reach those who truly need it? Well, in my case, I don't make large donations, but whenever possible, I look for institutions I already know, that are reputable and located in my region. This way, I feel a little more confident that the aid will reach its intended destination.

And that's just one of the problems: finding institutions that actually make good use of the resources. Even so, there are people who self-promote through these actions. A recent case in Brazil involved an influencer who used donations to promote himself, but it was discovered that he didn't actually make the donations and even pocketed the money sent by moved followers. Two immoral acts in the same act, proving how far human beings are capable of going just to be seen and feed their ambition.

Honestly, when I see a video of someone making donations, I think: "How ridiculous!" This type of act shouldn't be used for self-promotion, and whoever does it, in my opinion, is devaluing themselves. "What the left hand does, the right hand doesn't need to know," and that's how it should be. Some use the excuse that this type of video serves to inspire other people to do the same, but let's be honest: nobody does it with that purpose. It's blatant self-promotion.

Yes, donations are necessary. We need to help others whenever possible, and this isn't limited to institutions. We can, on our own, seek out those in need and offer help. If our hearts don't feel compassion for those in need, we are the ones most in need, and I'm not talking about resources. In life, we take nothing with us. Accumulating wealth only for ourselves is immense selfishness. We die and take nothing with us, but while we are here, we can make a difference in other people's lives without self-promotion and taking care that our donations don't end up in the hands of those who don't need them.

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Credits:

Translated: Deepl
Cover: created by Canva.

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[PT]

Talvez, no mundo em que vivemos, a aparência tenha se tornado um dos maiores objetivos das pessoas. Elas querem mostrar o que fazem, dizer que são boas ou que ajudam o próximo e isso, muitas vezes, tem mais a ver com o desejo de passar uma certa imagem do que com a verdadeira intenção de ajudar quem realmente precisa. Infelizmente, a adoção e outras formas de caridade têm se transformado em palco para oportunistas se promoverem, e em muitos casos, gananciosos ainda se aproveitam da dor alheia e da boa vontade dos ingênuos, enchendo os bolsos às custas da solidariedade de quem tem bom coração.

É fácil navegar pelas redes sociais e se deparar com alguma instituição solicitando ajuda. Claro, as redes sociais são um meio eficiente para alcançar mais pessoas e, consequentemente, ampliar o apoio, não há nada de errado nisso. Mas, como o mundo é dos espertos, muitos enxergam nisso uma oportunidade de arrancar dinheiro dos outros, fingindo ser instituições sérias. Já vi casos de golpistas criando instituições de fachada apenas para pedir doações, que acabavam sendo embolsadas por eles mesmos, sem qualquer relação com o propósito anunciado.

Em meio a tantos golpes, é difícil acreditar que o dinheiro doado realmente tenha uma finalidade de caridade e quem sofre com isso são as instituições sérias e as pessoas que realmente precisam de recursos. Nesse cenário de oportunismo, como saber se a sua doação chegará a quem de fato necessita? Bem, no meu caso, não faço grandes doações, mas sempre que posso, procuro instituições que já conheço, sérias e localizadas na minha região. Assim, sinto um pouco mais de confiança de que o auxílio chegará ao destino certo.

E esse é apenas um dos problemas: encontrar instituições que realmente façam bom uso dos recursos. Ainda assim, existem pessoas que se autopromovem com essas ações. Um caso recente no Brasil envolveu um influenciador que usava doações para se promover, mas foi descoberto que ele não realizava as doações e ainda embolsava o dinheiro enviado por seguidores comovidos. Duas atitudes imorais no mesmo ato, o que prova até onde o ser humano é capaz de ir apenas para ser visto e alimentar sua ambição.

Sinceramente, quando vejo algum vídeo de alguém fazendo doações, penso: “Que coisa ridícula!”. Esse tipo de ato não deveria ser usado para autopromoção e quem faz isso, na minha opinião, está se despromovendo. “O que a mão esquerda faz, a direita não precisa saber” e é assim que deveria ser. Alguns usam a desculpa de que esse tipo de vídeo serve para inspirar outras pessoas a fazer o mesmo, mas sejamos sinceros: ninguém faz isso com esse propósito. É autopromoção descarada.

Sim, as doações são necessárias. Precisamos ajudar o próximo sempre que possível e isso não se limita apenas às instituições. Podemos, por conta própria, procurar quem precisa e oferecer ajuda. Se o nosso coração não sente compaixão por quem necessita, somos nós os mais necessitados e não estou falando de recursos. Na vida, nada levamos. Juntar riquezas apenas para nós é um egoísmo sem tamanho. Morremos e não levamos nada, mas enquanto estamos aqui, podemos fazer a diferença na vida de outras pessoas mas sem precisar se autopromover e tomando cuidado para que nossas doações não acabem nas mãos de quem não precisa.

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Credits:

Translated: Deepl
Cover: created by Canva.

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