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All animals communicate with each other, whether through greetings, grunts, touches or smells. However, humans are the only living beings who lie. From childhood, humans learn to lie, most of the time out of necessity. Children lie to protect themselves from punishment, to pretend that everything is fine and gain the approval of adults, to attract attention or, in more serious cases, to survive adverse situations. Necessity drives children to lie, and when this behavior persists into adulthood, it is often a reflection of these childhood strategies.

In childhood, lying can play a healthy role, as it stimulates the imagination, which is the basis of creativity and innovation. The problem arises when lying becomes a constant behavior, distancing the individual from reality. When a liar finds people who believe him, he can become a compulsive liar, to the point where he can no longer clearly distinguish lies from the truth.

Human beings are animals of habit: what is repeated often becomes part of their personality. This is how it is with those who lie habitually: lying becomes natural. When there is no control and guidance from an early age, it becomes an addiction and, even if it's not necessary, the person ends up lying.

I remember that when I was a kid, my brothers and I always got up to a lot of mischief and, because of this, we were always lying when my mother asked us who was to blame for some mischief. She would ask who had broken a certain thing or who had committed such an act, and it was common for us to respond with lies like: “It wasn't me, Mom” or “It was so-and-so”. However, there comes a time when these lies no longer work, and the result is the inevitable punishment.

We grow up and continue to lie in various environments: to escape problems, to make excuses for responsibilities we're putting off. At work, for example, when the boss asks if a certain task has already been done and you forgot to do it, you often make up a lie to avoid the shame of the mistake. Sometimes the lie may seem necessary, but it should never become a habit.

There was a time when I myself lied so much that I didn't even realize it anymore. But over the years, I've realized that lying gets no one anywhere. Anyone who believes they can deceive others is actually deceiving themselves.

What's more, lying isn't just limited to verbal discourse. Once, when my father was building the slab for his house, he asked me to buy it - a pre-fabricated structure. I went to the first store I could find and ended up getting carried away by the good talk of the owner, who claimed that his pieces were super-strong, with an excellent mix of sand and cement. The result was disastrous: when the slab arrived, the pieces crumbled as they were erected. When my father saw this, he wisely said: “Anyone who thinks they're being fooled is being fooled”. Shortly afterwards, we learned that the salesman had stopped working in the sector, a victim of his own dishonesty and the poor quality of his products.

So, although lying can, in very specific cases, be used as a form of protection. In many cases it is harmful, as it makes the user a slave to their lies. Be an honest person and no matter how many consequences come your way, one day you'll reap the rewards.

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Todos os animais se comunicam entre si, seja por meio de cumprimentos, grunhidos, toques ou odores. Entretanto, o ser humano é o único ser vivo que mente. Desde a infância, o homem aprende a mentir, na maioria das vezes, por necessidade. A criança mente para se proteger de punições, para fingir que está tudo bem e obter a aprovação dos adultos, para chamar a atenção ou, em casos mais graves, para sobreviver a situações adversas. A necessidade impulsiona a criança a mentir, e, quando esse comportamento persiste na vida adulta, ele frequentemente é um reflexo dessas estratégias infantis.

Na infância, a mentira pode ter um papel saudável, pois estimula a imaginação, que é a base da criatividade e da inovação. O problema surge quando a mentira se torna um comportamento constante, afastando o indivíduo da realidade. Quando um mentiroso encontra pessoas que acreditam nele, pode transformar-se em um mentiroso compulsivo, a ponto de já não conseguir mais distinguir claramente a mentira da verdade.

O ser humano é um animal de hábitos: aquilo que se repete com frequência acaba se incorporando à personalidade. Assim ocorre com quem mente habitualmente, a mentira passa a parecer natural. Quando não há um controle e uma orientação desde cedo, ela se transforma em um vício, e, mesmo sem necessidade, a pessoa acaba mentindo.

Lembro que, quando era garoto, meus irmãos e eu sempre aprontávamos muito, e, por conta disso, estávamos sempre mentindo quando minha mãe nos perguntava quem era o culpado por alguma travessura. Ela perguntava quem havia quebrado determinada coisa ou quem tinha cometido tal ato, e era comum respondermos com mentiras como: “não fui eu, mãe” ou “foi fulano de tal”. Contudo, chega um momento em que essas mentiras já não funcionam mais, e o resultado eram as inevitáveis punições.

Crescemos e continuamos a mentir em diversos ambientes: para escapar de problemas, para dar desculpas pelas responsabilidades que estamos adiando. No trabalho, por exemplo, quando o chefe pergunta se determinada tarefa já foi executada e você esqueceu de fazê-la, muitas vezes, para evitar a vergonha do erro, inventa uma mentira. Às vezes, a mentira pode parecer necessária, mas não deve jamais se transformar em um hábito.

Houve um tempo em que eu mesmo mentia tanto que nem percebia mais. Mas, com o passar dos anos, percebi que a mentira não leva ninguém a lugar algum. Quem acredita que pode enganar o próximo, na verdade, está enganando a si mesmo.

Além disso, a mentira não se limita apenas ao discurso verbal. Certa vez, quando meu pai estava construindo a laje de sua casa, pediu-me para comprá-la — uma estrutura pré-moldada. Fui até a primeira loja que encontrei e acabei me deixando levar pela boa conversa do dono, que afirmava que suas peças eram super resistentes, com ótimo traço de areia e cimento. O resultado foi desastroso: quando a laje chegou, as peças se desfaziam ao serem erguidas. Quando meu pai viu aquilo, disse sabiamente: “Quem pensa que está enganando, está sendo enganado”. Pouco tempo depois, soubemos que aquele vendedor havia deixado de atuar no setor, vítima da própria desonestidade e da má qualidade de seus produtos.

Portanto, embora a mentira possa, em casos muito específicos, ser utilizada como uma forma de proteção. Em muitos casos ela é malefica, pois torna seu usuário escravos de suas mentiras. Seja uma pessoa sincera e por mais que as consequência venham uma hora você irá colher bons frutos.

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