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How do you view addiction? Should it be seen as a choice or as an illness? The way we perceive it completely changes how we deal with the problem, and how willing we are to truly give it up.

Let he who is without vices cast the first stone! Every human being carries some kind of addiction, but it's a fact that some are much more destructive than others. Some are addicted to alcohol, drugs, gambling, among other things that can ruin a person's life. In the end, we are all subject to falling into some kind of dependency, and, for me, what really defines an addiction is its intensity.

I don't see a problem with someone drinking a beer with friends, in a controlled and social way. The problem begins when the individual loses control and becomes dependent on that drink to live, to "function." From the moment something becomes a necessity, an alert goes off. Dependence transforms pleasure into imprisonment.

When someone reaches that point, the danger becomes evident. A person begins to destroy themselves and, along with them, destroys those around them. A drug addict, for example, when they have no money, may end up stealing from family, friends, and then strangers, all to feed the addiction that has taken over their life.

And don't think that addiction is only drugs and alcohol. There are those who are addicted to food, or worse, to eating poorly. Over the years, this takes its toll: weight gain, illness, emotional exhaustion. Every addiction has consequences, and almost always the end is not pretty.

Deep down, I believe it all begins as a choice. There is an initial moment when the person can still decide to stop. But, in search of momentary pleasure or escape from some suffering, they decide to continue. And they continue. Until they reach a point where, if they try to stop, the body reacts aggressively, the mind enters paranoia, and it seems that even the soul demands what it has become accustomed to receiving.

Addiction affects even the depths of the soul. I remember that, as a teenager, I was addicted to playing video games at arcades because I didn't have a console at home. So, all the money I had was spent on playing video games. I spent practically the whole day at the arcade with other kids.

It got to the point where the addiction was so strong that I started stealing the money my mother earned selling popsicles. It got to the point where my parents had to come and get me from the arcade because I spent the whole day there, even forgetting to have lunch. In short, there were several situations where I was beaten by my parents because of this addiction.

There were times when I skipped or missed school to go to the arcade to play. The addiction to playing video games was bigger than me. I just wanted to be there watching the other kids play, even without having money to play.

Nowadays, the addiction of younger people has only changed address and name. Now the addiction is cell phones, the internet, and social media. Children and teenagers spend hours in front of their cell phones. If they take them away, they start to suffer withdrawal symptoms/anxiety. I've witnessed young people spending the entire day watching short videos, from the moment they wake up until the moment they go to sleep.

What I want to emphasize is that we all have our vices. Some vices are smaller than others, but every vice, depending on its intensity, can bring various consequences.

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Como você encara o vício? Ele deve ser visto como uma escolha ou como uma doença? A forma como enxergamos isso muda completamente a maneira como lidamos com o problema, e o quanto estamos realmente dispostos a abandoná-lo.

Quem não tem vícios que atire a primeira pedra! Todo ser humano carrega algum tipo de vício, mas é fato que alguns são muito mais destrutivos do que outros. Há quem seja viciado em bebida, drogas, jogos de azar, entre outras coisas que podem arruinar a vida de uma pessoa. No fim das contas, todos estamos sujeitos a cair em algum tipo de dependência, e, para mim, o que realmente define um vício é a intensidade.

Não vejo problema em alguém beber uma cerveja entre amigos, de forma controlada e social. O problema começa quando o indivíduo perde o domínio e passa a depender daquela bebida para viver, para “funcionar”. A partir do momento em que algo se torna uma necessidade, acende-se um alerta. A dependência transforma o prazer em prisão.

Quando alguém chega a esse ponto, o perigo se torna evidente. A pessoa começa a se destruir e, junto com ela, destrói também quem está ao seu redor. Um dependente químico, por exemplo, quando não tem dinheiro, pode acabar roubando familiares, amigos e depois desconhecidos, tudo para alimentar o vício que tomou conta da sua vida.

E não pense que vício é só droga e álcool. Há quem seja viciado em comida, ou pior, em comer mal. Ao longo dos anos, isso cobra um preço: ganho de peso, doenças, desgaste emocional. Todo vício tem consequência, e quase sempre o final não é bonito.

No fundo, acredito que tudo começa como uma escolha. Existe um momento inicial em que a pessoa ainda consegue decidir parar. Mas, em busca do prazer momentâneo ou da fuga de algum sofrimento, ela decide continuar. E continua. Até chegar num ponto em que, se tentar parar, o corpo reage de forma agressiva, a mente entra em paranoia, e parece que até a alma cobra aquilo que ela se acostumou a receber.

O vício afeta até o fundo da alma. Eu lembro que, quando adolescente, eu era viciado em jogar videogame em locadoras, pois não tinha console em casa. Então, todo o dinheiro que eu tinha era gasto para jogar videogame. Eu passava praticamente o dia todo na locadora com outros garotos.

Chegou a um ponto em que o vício era tanto que comecei a furtar o dinheiro que minha mãe conseguia vendendo geladinho. Chegou ao ponto de meus pais irem me buscar na locadora, pois eu passava o dia todo lá, até esquecia de almoçar. Enfim, teve várias situações em que apanhei dos meus pais por causa desse vício.

Houve vezes em que eu faltava ou perdia aula para ir para a locadora jogar. O vício de jogar videogame era maior do que eu. Eu queria ao menos estar ali vendo os outros garotos jogando, mesmo sem ter dinheiro para jogar.

Atualmente, o vício dos mais jovens mudou apenas de endereço e nome. Agora o vício é o celular, a internet e as redes sociais. Crianças e adolescentes passam horas na frente do celular. Caso tirem, começam a sofrer crises de abstinência/ansiedade. Eu já presenciei jovens que passam o dia inteiro assistindo vídeos curtos, desde o momento em que levantam até o momento de dormir.

O que quero frisar é que todos nós temos nossos vícios. Alguns vícios são menores que outros, mas todo vício, dependendo da intensidade, pode trazer várias consequências.

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