Defining Abortion: As Delicate as It Is Complex

Olá amigos, tudo bem com você?

Um dos assuntos bem difíceis de lidar hoje em dia e também por ser tão complexo, é o aborto. É um tema bastante delicado e envolve questões éticas, médicas e também religiosas. Cada vertente defende um lado, mas tentarei levantar alguns pontos para mostrar a você que minha resposta sobre aborto é sim e não.

Não faço ideia de como é a legislação em outros países, mas o aborto no Brasil é crime e para quase tudo na lei, existe uma "brecha" para que isso não incrimine alguém por isso. Por exemplo, se a pessoa for estuprada ou mesmo se a gestante correr risco de vida, o aborto é permitido. Existem pessoas que defendem a vida independente de como ela surgiu.

Para mim, em casos de estupros eu sou a favor do aborto. A mulher ou pior, a jovem que foi violada já tem o trauma que carregará pelo resto da vida e ter um filho, fruto desse crime, é algo que eu não consigo imaginar em aceitar. É muito difícil eu dizer algo sem ao menos imaginar como é a cabeça de alguém que sofreu esse horror que é o estupro. Se existe essa possibilidade de não ter filhos, concordo com a pessoa que não quer gerá-lo.

Não Era Para Eu Existir

Para quem não sabe, existe o aborto espontâneo que por consequência de alguma coisa como sangramento na gestação, acaba interrompendo o desenvolvimento do feto e isso acarreta no aborto sem que a futura mãe aceitasse isso. Minha mãe me contou ainda quando eu era pequeno que eu fui a quinta tentativa dela de gerar um filho. Meus 4 irmãos que vieram antes de mim, todos não sobreviveram por conta do aborto espontâneo.

Não sei dizer ao certo, mas o ovário da minha mãe não segurava o feto. Após algumas semanas ou até meses, ocorria um sangramento e o bebê não sobrevivia. Eu fiquei muito triste na época, até porque eu era uma criança sabendo disso. Mas hoje ficou feliz que Deus me deu essa chance de estar aqui neste mundo.

Uma Alternativa que Não Seja o Aborto

É lógico que defendo a vida, mas imagine um casal que acabou de fazer relação sexual e caso não queiram ter um filho naquele momento, o que eles fazem? A mulher toma um anticoncepcional nas próximas 72 horas e assim ela não precisará se preocupar com gravidez. Acredito que isso não é considerado um aborto, pois não houve tempo para a fecundação, então não existe crime e não existe a consciência pesada sobre este ato.

Sobre o estupro, penso da mesma forma. É lógico que caso tenha acontecido o crime, a vítima deverá tomar o mais rápido possível o anticoncepcional, no melhor dos casos em até 24 horas para que o remédio faça o efeito e evite a ovulação. Assim não iria matar o que não foi gerado, não é mesmo?

Porém, existem casos mais complexos onde a vítima e seus familiares não tiveram tempo ou não se lembraram dessa alternativa e acabou de que o feto foi gerado e só depois de algumas semanas perceberam. Existe a opção de doação, mas nesse caso com o feto gerado tendo bracinhos e perninhas eu não sou a favor do aborto. Há uma vida ali e apesar de que foi gerado através de um crime, o bebê não tem culpa de nada.

Como foi dito anteriormente, é um assunto bastante delicado e bem complexo. Eu não posso dizer que quem é contra está certo ou errado, pois existem vários pontos a destacar do porquê o aborto pode ou deve acontecer, mas não concordo quando uma mulher pretende fazer isso só por simplesmente não querer mais o bebê em sua barriga e decide tirá-lo como se decidisse trocar de roupa.

Portanto, existem casos que podem ser aceitos, mas existem situações que não podem ser permitidos no aborto. Fico imaginando como seria a cabeça de um futuro pai quando souber que sua parceira resolveu abortar e nem quis saber sua opinião sobre. Por mais que existam motivos, o pai deveria também saber sobre essa decisão, pois a mulher não está apenas decidindo sobre seu futuro, também há uma vida para saber exatamente o que será feito.