The Impact of Banning Smartphones in Classrooms: Reflections and Perspectives

Recently, the president of Brazil enacted a law banning the use of smartphones in classrooms. This topic has sparked a lot of debate in recent weeks, as it is a controversial decision that provokes many discussions and reflections. As a student in a teacher education program—someone who is preparing to become a teacher—I participated in several discussions at university on this subject, and my conclusion is that this law will benefit students more than it will hinder them. In this text, I will explain why.

In a classroom, attention is essential for absorbing the subject matter. Unfortunately, due to the frequent use of smartphones, students have been paying less and less attention during lessons. Besides being distracted by social media, instead of reflecting on a question and coming up with an answer using their own mental effort, most students prefer to rely on Google searches or AI tools. When it comes to working on assignments, it’s the same: rather than conducting research and studying the topic, students ask ChatGPT to organize everything for them. I believe this creates a dire scenario that will harm humanity's ability to think critically in the long term.

There are already numerous articles discussing this issue, although we’ll only have a clearer understanding of the damage in the future. We live in an era of constant and rapid changes, where our minds are perpetually adapting to something new, only for that "new" to become outdated within a few years, and so on. This has a significant neurological impact on fully developed adults; now imagine the effect on children and teenagers whose brains are not yet "fully developed" and who are constantly exposed to screens and short videos.

Created on Chat GPT

For those outside the education field, this might seem exaggerated, and banning smartphones in classrooms may appear to be a radical measure that infringes on personal freedom. But for teachers who deal with students’ intellectual development, the disastrous results are clear. A teenager who doesn’t think for themselves cannot become a functional human being who positively contributes to society. Unfortunately, uncontrolled internet use in classrooms leads to this, not to mention the immense disrespect it shows toward the professional standing at the front of the room sharing knowledge.

I believe that nowadays, addiction to social media, online gaming, or anything else on the internet is incredibly easy and often normalized, with little general concern for the damage it may cause. The ban on smartphone use in classrooms might even help us understand this better. How will teenagers behave when they can’t check their phones constantly? Will we observe a rise in psychological disorders linked to addiction as a result of this new law? Something tells me we’ll start to see the outcomes of this in the short to medium term here in Brazil.

Portuguese

Recentemente o presidente do Brasil sancionou uma lei que proíbe uso de celulares em sala de aula. Esse assunto vem dando o que falar nas últimas semanas, pois é uma decisão polêmica que provoca muitas discussões e reflexões. Eu como aluna de um curso de licenciatura, ou seja, alguém que busca se tornar uma professora, participei de diversas discussões na universidade acerca do assunto, e a conclusão que chego é que essa lei mais beneficiará do que atrapalhará os estudantes, no decorrer desse texto, explico o porquê.

Numa sala de aula, para que o assunto seja absorvido é necessário atenção. Infelizmente, por causa do uso frequente de celulares, os estudantes têm prestado cada vez menos atenção à aula. Além de distraírem com redes sociais, em vez de refletirem sobre uma pergunta, e pensar de fato numa resposta usando o esforço do próprio cérebro para isso, a maioria dos estudantes preferem recorrer a pesquisas no Google e IA. Quando falamos sobre desenvolvimento de um trabalho então, acontece do mesmo jeito: em vez dos estudantes fazerem uma pesquisa e estudarem o assunto, eles pedem para o chat gpt organizarem tudo para eles. Penso que isso é um cenário bem ruim, que só prejudicará a capacidade do ser humano de pensar a longo prazo.

Existem uma série de artigos que já falam sobre isso, embora só tenhamos uma certeza maior dos danos causados, no futuro. Pois estamos vivendo numa época em que as mudanças são frequentes e brutais, nossas mentes estão sempre se adaptando a algo novo, e esse algo novo em poucos anos já passa a ser velho, e assim sucessivamente. Isso tem um impacto muito grande no sistema neurológico em adultos formados, agora imaginem em crianças e adolescentes que ainda não tem o cérebro ‘’completamente desenvolvido’’ e são expostos a telas e vídeos curtos o tempo inteiro?

Para quem não está nesse meio, pode imaginar que é exagero, e que não permitir o uso de celulares em sala de aula seja uma atitude radical que fere a liberdade das pessoas. Mas para quem é professor, e lida com a produção intelectual dos alunos, sabe o quanto os resultados intelectuais dos mesmos têm sido desastrosos. Um adolescente que não pensa por si mesmo, não tem como ser um ser humano funcional que irá contribuir positivamente com o mundo, e infelizmente o uso desenfreado da internet em sala, causa isso, sem contar que é um imenso desrespeito com o profissional que está ali na frente da sala repassando conhecimento.

Eu penso que hoje em dia, o vício em redes sociais, em jogos e em qualquer coisa online, é muito fácil, e é visto como algo normal, sem que haja uma preocupação geral dos danos que isso pode causar: a proibição do uso celular em salas de aula podem nos ajudar a entender até isso. Como será o comportamento dos adolescentes que não poderão consultar o celular o tempo inteiro? Será que muitas doenças psicológicas devido ao vício serão observadas através dessa nova lei? Algo me diz que veremos o resultado disso a curto/médio prazo aqui no Brasil.