Reflections on Family, Festivities, and the Comfort of Silence
In my earliest memories, I see on my mental canvas the celebrations of my family: people dancing, drinking, and having fun. Especially during the happiest time of the year in my country, February, which is when Carnival is celebrated.
I was an only child until I turned 13. Just a few days after my birthday, my parents adopted my brother, who was born only a few days after me. From then on, my immediate family became four people... five, if we include my maternal grandmother, who was always close by. I liked this setup, and in general, I also got along well with my parents’ families, especially my father’s side.
My father has nine siblings, and all my uncles and aunts get along wonderfully. They are very close, and I’ve only ever heard of arguments from when they were teenagers. Even then, they were the kind of fights that were quickly resolved, especially since both my uncles and my father are very emotional. Because of their strong bond, for many years, they would gather for the main celebrations: Christmas, New Year’s Eve, and Carnival.
These gatherings were always a lot of fun. They were opportunities to reconnect with my cousins and play endlessly. But I remember always feeling tired after a while because I’ve always liked silence and peace. Carnival, for instance, is a five-day celebration. It was very common for the whole family to gather at a beach house. By the second night, I was okay with being around so many people, but by lunchtime on the third day, I was already over it, grumpy and irritated.
One of my parents’ worst flaws as a couple is how receptive they are. Both of them. They are always ready to host family, even at the last minute. Even if a family member called and said, “Hi, I’m coming over for a week,” they would happily welcome them. I’ve always hated this. I felt like my privacy was being invaded, and perhaps that’s why I don’t like having visitors nowadays. I rarely invite anyone to my home, and when I do, it’s for a specific purpose. I can’t help but trace this back to the countless times my parents hosted family at home and the long Carnival celebrations where I had to coexist with so many people for days on end against my will.
That’s why my parents and my brother were the perfect family size for me. Thank God I didn’t have other siblings. I think it would have been too much, especially considering how complicated my brother can be. He alone feels like two additional siblings I never had, haha.
Today, my immediate family consists of me, my daughter, and my pets (a dog and a cat). I love the peace that comes with having a small family. I missed this silence so much when I lived with my parents, and now being able to enjoy it is wonderful. I can’t imagine myself being part of a large family, having to deal with so many personalities and constant invasions of space. I admire those who can manage that and be happy, but that’s not for me.
Portuguese
Em minhas memórias mais antigas, vejo em minha tela mental festas da minha família; gente dançando, bebendo, se divertindo. Principalmente na época mais alegre do meu país, fevereiro, que é quando se comemora o carnaval.
Fui filha única até os 13 anos. Poucos dias após meu aniversário, meus pais adotaram meu irmão que nasceu poucos dias depois de mim. Então minha família principal passou a ser de quatro pessoas… Cinco, se incluirmos minha avó materna que sempre esteve por perto. Eu gostava desse formato, e no geral, também me dava bem com as famílias dos meus pais, principalmente, com minha família paterna.
Meu pai tem 9 irmãos, e todos os meus tios se dão muito bem um com o outro. Todos são muito unidos e só ouvi falar de brigas na época em que eles eram adolescentes, mesmo assim, eram brigas das quais eles se resolviam logo, principalmente porque tanto meus tios quanto meu pai são muito emotivos. Por serem tão unidos, durante muitos anos eles apareciam para as principais festas: natal, réveillon e carnaval.
Essas festas costumavam ser bastante divertidas, era o momento em que eu podia reencontrar meus primos e brincar bastante. Mas, eu lembro de sempre me sentir cansada depois de um tempo. Porque sempre gostei de silêncio e de ficar tranquila. O carnaval, por exemplo, são cinco dias de festa. Então era muito comum que toda a família se reunisse numa casa de praia… Até a noite do segundo dia era de boa conviver com tanta gente, mas quando chegava o terceiro dia na hora do almoço, eu já não aguentava mais e ficava mal humorada.
Um dos piores defeitos que meus pais tem como casal, é serem muito receptivos. Ambos são. Então eles sempre estão prontos para receber visitas da família, mesmo que de última hora. Mesmo que o familiar diga em cima da hora: ‘’Oi, vim passar uma semana aqui’’. Eu sempre detestei isso. Sentia que minha privacidade era invadida, e talvez por isso hoje em dia eu não goste de visitas. Raramente chamo alguém pra vir na minha casa, e quando acontece, é algo muito pontual com algum objetivo específico. Não tenho como não ligar isso ao fato de que tantas vezes meus pais receberam familiares em casa, e também as longas festas de carnaval em que eu tinha que conviver com tanta gente por vários dias sem querer.
Por isso, meus pais e meu irmão são de bom tamanho. Graças a Deus não tive outros irmãos, acho que seria complicado, principalmente levando em conta que meu irmão é complicado, ele sozinho já vale por mais dois irmão que não tive, haha.
Hoje em dia, minha família principal sou eu, minha filha e meus animais (uma cachorra e um gato). Eu amo o silêncio de ter uma família pequena. Senti muita falta desse silêncio quando morava com meus pais, e hoje poder viver isso é maravilhoso. Não me vejo fazendo parte de uma família grande tendo que conviver com tantas personalidades e invasão de espaços. Admiro quem consegue manejar isso e ser feliz assim, não é o meu caso.
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Bzzzrrr, eu adoro quando as pessoas compartilham suas histórias de família! É como se eu estivesse dentro da hive, sentindo o calor da convivência. #hivebr
Cara eu tenho pavor disso! Não faço e não gosto que façam comigo, então você acabou descrevendo minha família de certa forma também kkkk que coisa! Não tenho esse traquejo social não!
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