Embarrassing moments are dreadful, but in adolescence, they're the end of the world. #Contest 149

In this life, we only have two certainties; one is that we will all die someday, and the other is that everyone has had a crush in their adolescence. It wasn't any different for me, even though I struggled to fall in love, even during a time when hormones were raging. However, I can count on one hand the people who truly sparked a strong interest in me, and one of those people is tied to one of the most embarrassing moments I've experienced.

Honestly, it surprises me that I'm sharing this. But, I think exposing this event will help me look at that moment from a different perspective. After all, it wasn't something too serious, but it was something that embarrassed me a lot nonetheless, and even today when I remember it, it makes me cringe.

I was between 17 and 19 years old, I really don't remember my exact age, when I started seeing this guy walking around the neighborhood where I live. He was much older, at the time, I'd guess he was between 37 and 42 years old, but even though he was older, he had all the characteristics that attracted me to a man: He was tall, with a thick and very dark beard, and his hair was somewhat long; to be more precise, it reached the base of his neck. In addition to these physical attributes, he was involved with art, gave guitar lessons, and had acted in some theater plays.

One day I went to an event in a nearby city where there would be many artistic performances of all kinds, and there was also a big fair with various crafts for sale. I went with a friend who was studying performing arts at a local college, and to my surprise, I found this guy there and even discovered that my friend knew him because he was always present at events like that, events my friend was used to attending. I didn't have the courage to tell her that I found him interesting, after all, he was much older, and talking about my interest to someone, even though she was my friend, made me feel uncomfortable.

We ran into him, said hello, and I noticed that he looked right into my eyes. That stirred me up a lot, and I spent the rest of the event searching for him with my eyes, making sure to pass by him when I saw where he was, even though I didn't see him many times because there were a lot of people and it was easy to lose sight of him. In the few moments I saw him, I wanted him to notice me, but I didn't want him to know that I was noticing him – well, that's teenage immaturity.

On the way back home, I was alone because my friend didn't live where I do. To my surprise, the guy got on the bus and sat next to me. My heart felt like it was going to jump out of my mouth. We talked the whole way, but can you believe I don't remember anything from the conversation? What happened when we got off the bus was so embarrassing for me that it overshadowed any other moment between us that day. You see, when we got off the bus, we stopped in front of a hospital near my house because from that point we would be going in different directions. So, as we were wrapping up our conversation, I didn't realize that it was his habit to gesture a lot while he spoke because I was completely lost in his eyes. But yes, unfortunately, he had this habit, and when I finally looked at his hands towards the end of the conversation, I thought he was trying to shake my hand, but he wasn't – he was just gesturing. When I realized this, it was already too late; I was holding his hand.

Oh my God, how terrible that was for me. Talking about it now is making me laugh, but on that day, I wanted to disappear. I held his hand, and when I looked at his face, he was looking at me with confusion. He stopped talking for a moment, not because the scene turned romantic, but because he was trying to understand the situation. However, I think he realized that I had gotten flustered and he gently let go of my hand, resuming his talking and gesturing as if nothing had happened. I just wanted to get out of there, so I abruptly ended the conversation, said goodbye, and went home.

Fortunately, I never saw him again after that. I avoided going out when I knew he was walking in nearby streets. I avoided him as much as I could until I moved to a different city. Even today, despite occasionally visiting the places he used to go, I haven't heard anything more about him. And honestly, that's a good thing. The thought that he might remember this happening still strangely makes me nervous, LOL. But that's how the feeling I had for him, based on the little I knew of him, was completely extinguished. Nowadays, the only thing I feel is an involuntary attachment to this annoying yet funny memory from a time when I was an insecure girl.

Image: Canva and Alex

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Portuguese

Nesta vida nós só temos duas certezas; uma é que todos nós vamos morrer um dia, a outra é que todo mundo já teve um crush na adolescência. Comigo não foi diferente, por mais que eu tivesse dificuldade de me apaixonar mesmo numa época em que os hormônios estavam a flor da pele. Porém, consigo contar nos dedos todas as pessoas a que me despertaram um interesse forte, e uma dessas pessoas está relacionada a um dos momentos mais embaraçosos que eu tive.

De verdade, me surpreente eu estar contando isso. Mas, acho que expor esse acontecimento vai fazer com que eu olhe pra esse momento com outros olhos. Afinal, não foi algo tão pesado assim, mas foi uma coisa me envergonhou muito de qualquer jeito e que até hoje quando eu lembro me faz fazer uma careta.

Eu tinha entre 17 e 19 anos, realmente não me lembro da minha idade exata, quando eu comecei a ver esse cara andando pelo bairro onde moro. Ele era um homem muito mais velho, na época, eu chuto que ele deveria ter de 37 a 42 anos, mas mesmo mais velho ele tinha todas as características que me atraiam num homem: Era alto, com uma barba espessa e muito escura, e seus cabelos eram um pouco longos; na altura do início do pescoço pra ser mais exata. Além desses atributos físicos, ele era envolvido com arte, dava aulas de violão e já tinha atuado em algumas peças de teatro.

Um dia eu fui num evento em uma cidade próxima onde haveriam muitas apresentações artísticas de todo o tipo, além disso havia uma grande feira com vários artesanato para vender. Eu fui com uma amiga que estudava artes cênicas numa faculdade local e chegando lá, para minha surpresa, encontrei esse cara e ainda descobri que minha amiga o conhecia pois ele sempre estava presente em eventos como aquele, eventos que minha amiga era acostumada a frequentar. Não tive coragem de contar pra ela que eu achava ele interessante, afinal ele era muito mais velho, e falar do meu interesse pra alguém, embora fosse minha amiga, fazia eu me sentir desconfortável.

Nós o encontramos, dissemos oi, e eu percebi que ele me olhou bem nos olhos. Aquilo mexeu demais comigo e passei o resto do evento o procurando com os olhos, fazendo questão de passar perto dele quando eu via onde ele tava, mesmo que eu não o tenha visto muitas vezes, pois tinha bastante gente e era fácil perde-lo de vista, nos poucos momentos que o via, eu queria que ele me visse, mas não queria que ele soubesse que eu o estava notando, enfim… a imaturidade.

Na volta pra casa, eu fui só, pois minha amiga não morava onde moro. Pra minha surpresa, o cara entrou no ônibus e se sentou do meu lado. Meu coração parecia que ia sair da minha boca. Fomos o caminho todo conversando, mas vocês acreditam que eu não lembro de nada da conversa? O que aconteceu quando descemos do ônibus foi tão embaraçoso pra mim, que ofuscou qualquer outro momento entre nós dois naquele dia. Pois, quando descemos do ônibus, paramos em frente a um hospital que havia perto da minha casa, porque a partir daquele ponto seguiriamos por ruas diferentes. Então, enquanto estávamos terminando a conversa, eu não percebi que era hábito dele gesticular muito enquanto falava, porque me perdi completamente em seus olhos. Mas, sim, infelizmente ele tinha esse hábito, e quando eu finalmente olhei pra as mãos dele, no final da conversa, eu achei que ele tava tentando apertar a minha mão, mas ele não estava, ele estava apenas gesticulando, quando eu notei isso, já era tarde, eu estava segurando a mão dele.

Meu Deus, como isso foi terrível pra mim. Falar disso agora ta me fazendo gargalhar, mas no dia eu quis morrer. Eu segurei a mão dele, e quando olhei para seu rosto, ele tava olhando confuso pra mim. Ele parou de falar por um momento, mas não porque a cena ficou romântica, e sim porque ele tava tentando entender a situação. Contudo, acho que ele percebeu que eu tinha me atrapalhado, e soltou a minha mão delicadamente, voltando a falar e a gesticular como se nada tivesse acontecido. Eu só queria sair dali, então interrompi a conversa abruptamente, dei tchau e fui pra casa.

Felizmente depois que isso aconteceu eu nunca mais o vi. Evitava sair na hora que eu sabia que ele estava andando por ruas próximas. O evitei o máximo que pude até mudar de cidade. Até hoje, mesmo frequentando os lugares que ele frequentava vez ou outra, não tive mais notícias dele. E sinceramente, ainda bem. A ideia de que ele lembre que isso aconteceu, ainda me deixa estranhamente nervosa, LOL. Mas, foi assim que o sentimento que eu nutria pelo o pouco que conhecia dele, se extinguiu completamente. Hoje em dia, a única coisa que sinto, é o apego involutário a essa lembrança chata, porém engraçada, de um época em que eu era um garota insegura.

Image: Canva and Alex