Childhood Should Matter Most, Especially in a Dysfunctional Family

When there is a child in the family, they should be prioritized. For me, that’s not up for debate. Children are not mini adults who come into the world ready because everything about them is still developing. That’s why, when there is a family problem, it is how the child will interpret and absorb the situation that people should be more concerned about. But, as we know, in most cases, that's not the reality.

Most of the millennial generation, which is mine, has some childhood trauma related to their parents. My parents, for example, didn’t mind arguing in front of me, and they did it quite often. This was one of the reasons why I was always irritable as a child, because the atmosphere at home was mostly chaotic. I believe that left marks on my personality that, to this day, I work on to break. But it’s not easy, because what we absorb in childhood, we carry for the rest of our lives. Once, I read a phrase that said, “Childhood is a terrain we walk on for a lifetime,” and I truly believe that.

The truth is that, for a long time during my childhood and adolescence, I wished my parents would get divorced because I thought that would be much better than living together and constantly arguing. And after I became an adult, I was even more certain that, in some cases, divorcing is better for the children's mental health.

I know a couple who has a son the same age as my daughter. We’ve been friends for a long time, even before the kids were born, and their relationship has always been very complicated. That didn't change after they had a child. However, a little over a year ago, they separated, and the family seems much more united than before. I considered their decision very mature because they were arguing a lot in front of their son, and it was affecting him. The boy still goes to therapy because it was something that impacted his life.

I myself separated for two months last year, something I mentioned here a few times. My husband and I rarely argued in front of our daughter, but when it started happening, we didn’t think twice — it meant it was time for each of us to go our separate ways. Fortunately, we reconciled, but even during those two months apart, our relationship was good, and our daughter was fine, just obviously missing her dad, who was no longer sleeping at home. However, I believe that the separation didn’t cause trauma to her, not only because it was a short period, but because my husband and I were always concerned about her well-being.

And that’s what I believe in. It doesn’t matter if the marriage is struggling; when there is a child, they should be prioritized. So, if your marriage isn’t going well and the atmosphere at home is chaotic, maybe it’s better to separate than to make the child live with that. Of course, there are situations that can be fixed with couple’s therapy. But ideally, a child should be protected from all of that, because what they experience in childhood will shape their psyche and how they relate to others.

If a couple has a child who behaves badly and has extreme attitudes involving negative feelings, it’s good to evaluate the family itself and what might be missing for that child to act that way, because children are a reflection of their parents.

Image: Chat GPT

Portuguese

Quando há uma criança na família, ela deve ser priorizada. Para mim isso não tem discussão. Crianças não são mini adultos que chegam ao mundo prontos, porque tudo neles ainda irá amadurecer. Por isso, quando há um problema familiar, é em como ela irá interpretar e absorver a situação que as pessoas deveriam se importar mais. Mas, sabemos que na maioria dos casos, não é assim.

A maioria da geração millenials, que é a minha, tem algum trauma de infância relacionado aos pais. Meus pais por exemplo, não se importavam de brigar na minha frente, e eles faziam isso com bastante frequência. Esse foi um dos motivos pelo qual eu vivia irritada na minha infância, porque o ambiente em casa era na maioria das vezes caótico. Acredito que isso deixou marcas em minha personalidade, que até hoje trabalho sobre mim mesma para quebrar. Mas não é fácil, porque aquilo que se absorve na infância, carregamos para o resto da vida. Uma vez vi uma frase que dizia: ‘’A infância é um terreno que pisamos a vida inteira’’ e eu realmente acredito nisso.

A verdade é que durante muito tempo na minha infância e adolescência eu quis que meus pais se divorciassem, porque achava que isso seria muito melhor do que viverem juntos e brigando. E depois que me tornei adulta, mais certeza tive de que em alguns casos, divorciar é melhor para saúde mental dos filhos.

Eu conheço um casal que tem um filho da idade da minha filha, somos amigos há muito tempo, mesmo antes das crianças nascerem, e a relação deles sempre foi muito complicada. Coisa que não mudou depois que eles tiveram um filho. Porém, há pouco mais de um ano, eles se separaram, e a família parece muito mais unida do que antes. Considerei a atitude deles muito madura, porque eles estavam brigando demais na frente do filho, e isso o estava afetando. O garoto faz terapia até hoje, pois foi algo que o impactou na vida.

Eu mesma me separei por dois meses ano passado, coisa da qual mencionei aqui algumas vezes. Eu e meu esposo raramente brigamos na frente da nossa filha, mas quando isso estava começando a acontecer, não pensamos duas vezes, significava que tava na hora de cada um e para o seu canto. Felizmente, nós reatamos, mas mesmo nesses dois meses separados, nossa convivência era boa, e nossa filha estava bem, apenas obviamente sentindo falta do pai que não dormia mais em casa. Porém, acredito que a separação, não gerou trauma nela, não só porque foi um tempo curto, mas porque eu e meu esposo sempre nos preocupamos com seu bem estar.

E é nisso o que acredito, não importa se o casamento está mal, quando há uma criança, ela deve ser priorizada. Então se seu casamento não anda bem, e o ambiente dentro de casa é caótico, talvez seja melhor se separar do que fazer com que a criança conviva com isso. É claro que há situações que dá pra consertar com uma terapia de casal. Mas o ideal é que uma criança seja protegida disso tudo, porque o que ela experiencia na infância vai moldar o psicológico dela, e em como ela se relaciona com as outras pessoas.

Se um casal tem um filho que se comporta mal, e tem atitudes extremas envolvendo sentimentos negativos, é bom fazer uma avaliação da própria família, e do que está faltando pra essa criança agir assim, porque os filhos são um reflexo dos pais.