Between Charms and Chills: The Dual Magic of Selling

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(Edited)

I wish I enjoyed selling, truly. I think it's beautiful when someone knows how to do it well. People who can sell captivate with their words, are keen observers, and know how to argue. A good seller can win you over, even if you’re not interested in the product they’re offering. Thinking about how merchants communicate reminded me of a conversation I had on Sunday with two friends. During that conversation, I told them about the origin of the word "ABRACADABRA," which likely comes from the Hebrew phrase ebrah k’dabri, meaning "I create as I speak." It’s a magical word, which, in my reflection, makes a trader almost like a magician.

Created on Chat GPT

I had a positive experience with a trader on Saturday. I was at the beach with my family, and as is common on Brazilian beaches, when you're sitting at a beachside kiosk, small entrepreneurs often come by to sell something. This particular man was selling a dessert known in Brazil as cocada. Cocada is made of coconut and can be either hard or soft, often sold in small containers. This man was selling the soft variety.

Since it’s a simple dessert to make, it’s unlikely that someone would pay much for cocada unless they really wanted the treat and had no interest in making it themselves. The price he was asking was, in fact, a bit steep: 6 Reais for one container, or 10 Reais for two. I had no interest whatsoever in buying a dessert I could make so easily, especially because it was only 11 a.m., and I truly wasn’t in the mood. But the man was extremely polite, offered me a sample, had a great way with words, and showed genuine joy in what he was doing. So, I bought two containers.

Photo taken by me on Saturday

He was happy and went on to sell two more containers to the table next to us. Without a doubt, the charisma he brought to his sales made all the difference, even for people who weren’t initially interested. But, while this was a good experience, I’ve had plenty of others that prove merchants don’t always care about their customers.

I remember an experience from six years ago when a friend and her husband came to visit my city. They were from another state and spent a few days at my home. We decided to rent a beach house so they could get to know the local beaches more intimately. One day, on our way back to the house, we stopped at a market to pick up a few things. The trader, who was also the cashier and owner of the establishment, refused to give us more than one plastic bag for our groceries. We found this very strange, and when we asked for another bag, he responded harshly: “This one is enough.”

I remember feeling a bit embarrassed that my friends had such a poor customer service experience in my hometown. Thankfully, they had plenty of other good experiences after that. Still, I never forgot that stingy merchant because I knew he was extremely wealthy—he owned a large piece of land where a luxury condominium had been built. But he was too stingy to give us one extra bag? Terrible.


Portuguese

Eu queria gostar de vender, de verdade, acho bonito quem sabe fazê-lo. As pessoas que sabem vender encantam com as palavras, são boas observadoras e sabem argumentar. Um bom vendedor, te conquista, ainda que você não esteja interessado no produto que ele vende. Pensar sobre como os comerciantes se comunicam me lembrou uma conversa que tive no domingo com duas amigas. Na conversa, eu dizia para elas a origem da palavra ABRACADABRA que tem sua origem provável no hebraíco ebrah k'dabri, que significa Eu crio enquanto falo. É uma palavra mágica, o que torna um comerciante, em minha reflexão, quase um mago.

Eu passei por uma experiência boa com um comerciante no sábado, estava na praia com minha família, e como é de costume nas praias de todo o Brasil, quando você está numa barraquinha na praia é comum que pequenos empreendedores venham vender alguma coisa. Esse cara em questão, vendia um doce conhecido no Brasil como Cocada. A Cocada é feita de côco e ela pode ser dura ou molinha vendidas em potinhos, esse cara vendia desse último jeito.

Por ser um doce fácil de fazer, dificilmente uma pessoa pagará caro por uma Cocada, a não ser que ela esteja realmente com vontade de comer o doce, e não tenha o mínimo de interesse em aprender a fazê-lo. O preço que o vendedor estava cobrando, era de fato um pouco caro: 6 Reais por um potinho, mas se comprasse dois, ele faria por 10 Reais. Eu não tinha o mínimo interesse em comprar um doce que eu sabia fazer tão bem, mas além disso, ainda eram 11h da manhã e eu realmente não estava com vontade. Mas, o rapaz foi extremamente educado, me ofereceu o produto para provar, tinha uma boa oratória e demonstrava um genuíno bom humor em fazer o que estava fazendo, então comprei dois potinhos.

Ele ficou feliz, e vendeu mais dois potinhos à mesa do lado. Sem dúvida o carisma em que ele fazia suas vendas, fazia toda a diferença para que as pessoas comprassem, ainda que não estivessem com vontade. Mas, embora essa experiência tenha sido boa, eu tenho inúmeras que provam que muitas vezes, comerciantes não ligam para os clientes.

Lembro de uma vez, há 6 anos atrás, recebi a visita de uma amiga e seu esposo em minha cidade. Eles são de outro estado, então passaram uns dias na minha casa. Decidimos alugar uma casa de praia para eles conhecerem as praias da minha região de forma mais íntima. Teve um dia que passamos no mercado para fazer algumas compras na volta para a casa, e o comerciante, dono do estabelecimento e que também estava no caixa naquele dia, não quis dar mais de uma sacola para colocarmos nossas compras. Achamos a atitude muito estranha, e quando pedimos outra sacola, ele disse de forma ríspida: ‘’Essa daí é o suficiente’’. Lembro de ter ficado um pouco envergonhada pelos meus amigos terem essa péssima experiência de atendimento no lugar onde vivo. Mas, passou logo, porque depois disso eles tiveram muitas experiências boas com atendimento, ainda bem. De qualquer forma, nunca esqueci o comerciante mesquinho, pois eu sabia que ele era riquíssimo, dono de um terreno onde construíram um condomínio de luxo. Mas, com pena de dar uma sacola a mais? Terrível.



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9 comments
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Bzzzrrr, eu adoro essa discussão sobre vendedores! O cara da Cocada sabia fazer magia com as palavras, e isso tornou tudo mais charmoso! Zuuzz, isso é mesmo marketing! #hivebr

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Truly, the charisma put in by the trader was enough charm to buy the cocoda despite not being an urgent necessity. This sometimes is our way of encouraging them and relieving our thoughts that, we just put a smile on a cheerful trader.
And yes, we have those traders who lack customer relationships. Painful but true and we would rather forfeit than patronize them again

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